As projeções cilíndricas representam o globo terrestre por meio de paralelos e meridianos que formam um cilindro que tangencia o planeta. A projeção de Mercator é um exemplo. Ela conserva as formas dos continentes, mas provoca alterações nos seus tamanhos relativos, pois os que apresentam terras em áreas de média e alta latitude aparecem no mapa com tamanhos muito maiores do que deveriam apresentar, caso não ocorressem distorções.
Na projeção Plana as deformações são pequenas nas proximidades do ponto de referência, mas aumentam com o distanciamento desse ponto. Esse tipo de projeção é usado, basicamente, em representações de pequenas áreas da superfície terrestre, na maior parte das vezes centrada nos polos.
Na projeção cônica, as deformações nas áreas representadas localizadas junto à zona de contato com o cone são pequenas, e muito grandes nas áreas que não estão em contato com o cone. Esse tipo de projeção, por provocar grandes deformações nas áreas equatoriais, é usado, basicamente, para elaborar mapas que mostram um dos hemisférios.
6º ano Ensino Fundamental -
Exercício de fixação 61 e 62
1. Um dos elementos do mapa é o título, que, de certa forma, resume as suas informações. No caso desse mapa, dê um título a ele.
2. No mapa existem símbolos, cores e linhas. Para saber seus significados, o que devemos observar?
3. Qual o valor da escala representada no mapa, ou seja, cada centímetro no mapa representa quantos quilômetros?
Respondam no comentário da seguinte forma: 1- resposta 2- resposta 3- resposta. Abração!
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domingo, 20 de fevereiro de 2011
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
Segregação urbana
A ausência de segregação política não exclui a segregação espacial. Nas metrópoles brasileiras, predomina a segregação por classe social. Segundo o urbanista Flávio Villaça, (...) a segregação é um processo segundo o qual diferentes classes ou camadas sociais tendem a se concentrar cada vez mais em diferentes regiões gerais ou conjuntos de bairros da metrópole. [1].
Quanto maiores diferenças de renda entre grupos e classes sociais, maiores as desigualdades das condições de moradia e de acesso a serviços públicos. A segregação pode ser reforçada pelo próprio poder público, quando prioriza investimentos nas áreas ocupadas pela população de mais alta renda, negligenciando ou simplesmente ignorando a parte ocupada pelos mais pobres. O Estado pode, no entanto, promover a qualificação das áreas mais carentes - através de investimentos em habitação e infraestrutura, transportes, segurança, educação, saúde, lazer e cultura - atenuando a segregação espacial.
(...) Os bairros das camadas de mais alta renda tendem a se segregar (os próprios bairros) numa mesma região geral da cidade, e não a se espalhar aleatoriamente por toda a cidade. (...) (VILLAÇA, 2001)
A criação de condomínios fechados é o exemplo mais frequente de segregação no espaço urbano. Impulsionada pelo medo da violência e pela busca de segurança e tranqüilidade, esse fenômeno resulta em redução dos espaços públicos, ao restringir o acesso a determinadas áreas da cidade. Um outro exemplo, mais recente, é a construção de muros em torno de áreas consideradas inseguras ou perigosas, na cidade do Rio de Janeiro, que segrega comunidades inteiras.[2]
Referências
1. ↑ VILLAÇA, Flávio. Espaço intra-urbano no Brasil. São Paulo: Studio Nobel: FAPESP: Lincoln Institute, 2001, p. 142 (grifo no original), apud "Segregação espacial urbana", por Renato Saboya.
2. ↑ ONU critica construção de muro em favelas do Rio por Jamil Chade. Estadão, 6 de maio de 2009.
Exercicios:
O que significa o Termo “Segregação Espacial”?
Qual o papel do Governo Mediante esta situação?
Qual o símbolo maior da segregação espacial nas cidades?
Quanto maiores diferenças de renda entre grupos e classes sociais, maiores as desigualdades das condições de moradia e de acesso a serviços públicos. A segregação pode ser reforçada pelo próprio poder público, quando prioriza investimentos nas áreas ocupadas pela população de mais alta renda, negligenciando ou simplesmente ignorando a parte ocupada pelos mais pobres. O Estado pode, no entanto, promover a qualificação das áreas mais carentes - através de investimentos em habitação e infraestrutura, transportes, segurança, educação, saúde, lazer e cultura - atenuando a segregação espacial.
(...) Os bairros das camadas de mais alta renda tendem a se segregar (os próprios bairros) numa mesma região geral da cidade, e não a se espalhar aleatoriamente por toda a cidade. (...) (VILLAÇA, 2001)
A criação de condomínios fechados é o exemplo mais frequente de segregação no espaço urbano. Impulsionada pelo medo da violência e pela busca de segurança e tranqüilidade, esse fenômeno resulta em redução dos espaços públicos, ao restringir o acesso a determinadas áreas da cidade. Um outro exemplo, mais recente, é a construção de muros em torno de áreas consideradas inseguras ou perigosas, na cidade do Rio de Janeiro, que segrega comunidades inteiras.[2]
Referências
1. ↑ VILLAÇA, Flávio. Espaço intra-urbano no Brasil. São Paulo: Studio Nobel: FAPESP: Lincoln Institute, 2001, p. 142 (grifo no original), apud "Segregação espacial urbana", por Renato Saboya.
2. ↑ ONU critica construção de muro em favelas do Rio por Jamil Chade. Estadão, 6 de maio de 2009.
Exercicios:
O que significa o Termo “Segregação Espacial”?
Qual o papel do Governo Mediante esta situação?
Qual o símbolo maior da segregação espacial nas cidades?
Localização Espacial
Para ir de um lugar a outro, pode-se sempre escolher entre o percurso por terra, ar ou por mar. Mas como saber qual o caminho a percorrer? Perguntar a alguém que já conhece? Consultar um guia? Entrar num site de busca da Internet? Se hoje podemos procurar desse modo e descobrir o rumo certo, como isso poderia ser feito em outras épocas? Desde sempre, movido pela curiosidade e o desejo de conquistar outros territórios, o ser humano se fez viajante em busca de novas terras, outras culturas, novas gentes. A cada viagem, o registro é a ferramenta para recolher informações, relatar e mostrar onde fica o lugar. Qual o modo do viajante registrar, para indicar, um itinerário a percorrer? De muitos jeitos isso pode ser feito: oralmente, por carta, por fotografia, por vídeo (...) Mas, como fazer um registro por imagem para revelar aos outros em que direção partir, para chegar sem se perder? No mapa está o caminho de ida e o ensinamento que promete a volta. O mapa é a ciência, técnica e arte de representar a superfície da terra e de outros corpos celestes. Como instrumento visual e de medição pode localizar uma parte de um país, de um estado, de uma cidade ou do bairro onde você mora. Você já procurou a sua rua em algum mapa? Qual? Alimento da fantasia, do sonho e da imaginação, o mapa do cartógrafo, do geógrafo e dos viajantes é uma informação convencional, isto é, seu desenho gráfico permite uma única leitura, mesmo que a partida seja de pontos diferentes. Todo mapa é também um convite para a aventura de lugares que se abrem para o conhecimento de outros céus e ventos, correntes e mares, rios e montanhas, grandes e pequenas cidades ou países. MARTINS, Mirian Celeste & PICOSQUE, Gisa. Aprendiz de Cartógrafo. São Paulo, Instituto Cultural Banco Santos, 2002, p. 3-4.
Entendimento do Texto
1 - Complete O registro é a ferramenta para recolher informações, relatar e localizar o lugar foi visitado pelo viajante; ele pode ser feito ....................................., por ................................, através de ........................................ por meio de vídeo etc.
2- Procure no dicionário e anote abaixo o significado das seguintes palavras: itinerário. cartógrafo –
3 - Responda a) Como fazer um registro por imagem para revelar aos outros em que direção partir, para chegar sem se perder?
b) Responda com suas palavras a questão do segundo parágrafo do texto.
c) Segundo as autoras, o que leva as pessoas a viajarem?
d) Transcreva abaixo a definição de mapa constante do texto.
e) A que elemento do texto refere-se o sexto parágrafo?
f) Explique com suas palavras o trecho sublinhado do texto
h) Você já procurou a sua rua em algum mapa? Qual? Acesse também www.ibge.gov.br/ibgeteen/datas/cartografo - este site apresenta os fatos que marcaram a história da cartografia no Brasil.
Entendimento do Texto
1 - Complete O registro é a ferramenta para recolher informações, relatar e localizar o lugar foi visitado pelo viajante; ele pode ser feito ....................................., por ................................, através de ........................................ por meio de vídeo etc.
2- Procure no dicionário e anote abaixo o significado das seguintes palavras: itinerário. cartógrafo –
3 - Responda a) Como fazer um registro por imagem para revelar aos outros em que direção partir, para chegar sem se perder?
b) Responda com suas palavras a questão do segundo parágrafo do texto.
c) Segundo as autoras, o que leva as pessoas a viajarem?
d) Transcreva abaixo a definição de mapa constante do texto.
e) A que elemento do texto refere-se o sexto parágrafo?
f) Explique com suas palavras o trecho sublinhado do texto
h) Você já procurou a sua rua em algum mapa? Qual? Acesse também www.ibge.gov.br/ibgeteen/datas/cartografo - este site apresenta os fatos que marcaram a história da cartografia no Brasil.
domingo, 13 de fevereiro de 2011
A exploração da energia hidrelétrica na Amazônia
A exploração da energia hidrelétrica na Amazônia é uma questão que interessa a toda a nação brasileira, devido a grandeza do potencial hidráulico da bacia do rio Amazonas. É também uma questão regional, envolvendo os interesses e expectativas de seus habitantes, e o uso de recursos não explorados do território amazônico. O que parece ser uma afirmação óbvia não é tão óbvio assim quando nos damos conta da visão que os habitantes de outras regiões do Brasil guardam da Amazônia. Indivíduos, corporações ou setores do próprio governo federal tendem a tratar a região como um espaço vazio. Na acepção usual, os espaços vazios são aqueles que apresentam baixa densidade demográfica e o domínio da paisagem "natural". No decorrer da história do Ocidente, essa noção adquiriu uma conotação político-militar, no sentido de proteção ou segurança do território de um Estado, e, mais sutilmente, um sentido de valor, uma vez que também tem sido empregada para definir a relação de contato com populações aborígines, no caso dessa população ser valorada negativamente por critérios étnicos ou econômicos.
Se a imagem de "espaço vazio" induz à uma simplificação grosseira e distanciada das realidades regionais, a conversão da Amazônia em objeto de investigação científica tem levado ao tratamento da região como uma unidade em si mesma, circunscrita e isolada do conjunto das terras brasileiras, ponto de vista dominante entre os cientistas e técnicos estrangeiros, porém adotada, até com certa freqüência, pelos nacionais. Por outro lado, quando vista exclusivamente como parte do território nacional, a tendência é de isolar a região do conjunto maior, a Amazônia sul-americana.
Essas questões sugerem que o propósito do sujeito da investigação (ou da intervenção) em grande medida define qual o conceito ou o “recorte” a ser adotado. Nos últimos trinta anos, esses propósitos têm oscilado entre conceber a “Amazônia” como unidade monolítica, isto é, indiferenciada no espaço e no tempo, e conceber de maneira fragmentada o rebatimento espacial de intervenções setoriais, como a da exploração do potencial energético da bacia de drenagem do rio Amazonas. É possível argumentar que ambas as concepções sofrem de um mesmo problema, qual seja, a dificuldade em conceber as “unidades” espaciais e as intervenções territoriais de forma sistêmica. Pensamos que esse problema deriva, em grande medida, de uma certa redundância na escolha dos parâmetros descritivos das ‘realidades amazônicas’.
O propósito desse trabalho é o de contribuir para o desenvolvimento de um “sistema descritivo” que permita uma melhor aproximação à complexidade geográfica do espaço amazônico e sugerir que está em curso uma dinâmica particular de reestruturação dos seus espaços regionais, o que exige a incorporação de novos parâmetros de descrição.
Com esse propósito em mente, pretendemos explorar aqui o potencial heurístico dos sistemas dinâmicos "longe do equilíbrio" na geografia. O conhecimento empírico de aspectos recentes da dinâmica regional sugere a adaptabilidade dessa teoria às disposições reais do processo de reestruturação dos espaços amazônicos: a) a grande variedade nos elementos e nas interações que constituem os diferentes arranjos espaciais; b) a instabilidade do povoamento, fortemente induzida por mudanças externas que atuam de modo freqüentemente aleatório, em termos da coesão interna regional; c) a temporalidade das coisas e das ações, que negam a existência de uma geografia estática; d) a presença de novos mecanismos de "comunicação" entre indivíduos e organizações localizados em diferentes níveis escalares e interagindo sobre grandes distancias.
Em síntese, propõe-se um ‘sistema descritivo’ que trabalhe com três noções: a noção de que a reestruturação espacial é um processo, um processo que se dá, no caso específico da Amazônia, numa situação de forte instabilidade. Em segundo lugar, considerar a possibilidade de que eventos não controlados ou não imediatamente controláveis, como, por exemplo, o movimento dos sem-terra, resulta da ‘ampliação’ de comportamentos desordenados presentes na atual estrutura regional, e que esses comportamentos podem ser fatores de reorganização regional, e não, obrigatoriamente, elementos perturbadores de uma ordem espacial existente. Terceiro, sugerir que a interconexão entre os eventos locais/regionais e o ambiente "externo" (o "não-próprio) não só dá significado às diversas "Amazonias" como aponta para o papel crucial que uma forma específica de organização sistêmica, as “redes”, podem exercer sobre a reestruturação do espaço geográfico. As redes, como forma efetiva e potencial de organização espacial, englobam tanto redes infra-estruturais ou logísticas, caso das redes de comunicação a longa distancia (telecomunicações), como "redes virtuais", que referenciam projetos transacionais coletivos, caso das redes urbanas e das redes políticas.
A região amazônica, um “sistema aberto”
O vocabulário dos geógrafos, que usam a palavra região para designar territórios de escalas muito diferentes, introduz uma hesitação ditada por essa incerteza: como articular região e regiões, como individualizar territórios sem que a diversidade interna destrua a condição, essencial no caso, de coesão interna. Uma saída para essa questão seria a de não considerar obrigatório o recorte espacial a partir do território mas do problema/fenômeno a ser analisado. Parte-se de uma representação, qualquer que seja o problema, que leve em conta a natureza finita, não contínua, das estruturas espaciais e das estruturas sociais, próximos, portanto, a uma perspectiva sistêmica da "região" (Gould,1987; Mayer e Levinger,1976). Não foi essa a opção das atuais propostas de zoneamento geo-ecológico-econômico, por exemplo. O zoneamento representa um avanço no sentido de mostrar a vulnerabilidade dos sistemas naturais, porém revive a antiga e problemática idéia de região natural, isto é, de uma individualidade geográfica de cada território, fundamentada na unidade (estática) de sua natureza física. É um critério classificatório que entra em conflito com a dinâmica dos processos geoambientais, e dificilmente dará conta de sua complexidade.
O que se conhece como Região Amazônica é um híbrido de conceitos geográficos, políticos e históricos (Machado,1991). Uma espécie de metonímia espacial, no sentido de que o nome torna-se um ato de posse, valendo, instantaneamente, para todo o espaço invisível que se estende além da área ocupada (Lestringant,1991), o que se designa como Amazônia é uma área cujos limites são imprecisos até os dias atuais. Neste trabalho utilizamos o termo Região Amazônica para designar tanto o território formado pela bacia hidrográfica do rio Amazonas no Brasil (compreendendo formações vegetais de floresta e savana), como a área de planejamento conhecida como Amazônia Legal (que inclui o Maranhão), ou mesmo a área coberta pela floresta equatorial (por exemplo, quando nos referimos ao conjunto dos países "amazônicos" sul-americanos). Essa incerteza, que pode ser atribuída à falta de critérios rígidos de delimitação, é tomada aqui como uma condição inerente à operação de delimitar os sistemas regionais.
Por outro lado, a escolha (subjetiva) do operador não pode desconsiderar que o território amazônico tem uma história precisa, tanto em termos bio-geofísicos como sócio-econômicos. Isso contribui, e não pouco, para a naturalização de determinadas delimitações regionais. Território e sistema regional, do ponto de vista geográfico, podem ser similares na forma mas, em geral, se fundamentam em estruturas espaciais diferentes (Santos,1985).
Num contexto estritamente espacial, ao contrário do território, estabelecer a extensão de um sistema regional é um problema que não pode ser resolvido exclusivamente em termos de contigüidade, ou seja, de espaços contínuos, lineares. Objetivamente, as interações (situadas em registros diversos - econômicos, sociais, políticos, institucionais, espaciais, étnico-culturais) estruturantes da dinâmica de um sistema regional são, cada vez mais, de tipo conectivo: redes de toda ordem podem articular, "verticalmente", lugares, indivíduos, organizações, situados em níveis escalares distintos, e, "horizontalmente", pontos do território, sem que seja obedecida a restrição de contigüidade (Santos,1994;Machado,1993). A estrutura topológica resultante desafia a perspectiva geométrica usual das ordenações territoriais.
A criação do SIVAM (Sistema de Vigilância da Amazônia), no âmbito do programa federal SIPAM (Sistema de Proteção da Amazônia), pode ser tomado como exemplo de uma concepção conectiva do espaço geográfico, quando pretende estabelecer um controle territorial (de vigilância) viabilizado por uma tecnologia de redes, o que não implica, evidentemente, no controle efetivo do comportamento das interações configuradoras dos subespaços regionais.
Se existem interações de tipo conectivo, que permitem maior "comunicação" entre pontos de um espaço geográfico, existem, também, processos discretos e finitos que não podem ser representados como redes e sim como "espaços celulares", ou seja, territórios bem respeitados, "inconexos", igualmente finitos (Couclelis,1986). É o caso de territórios cujos limites são determinados por fronteiras políticas resultantes de processos geohistóricos. O problema, nesse caso, é que a definição do território, enraizada no principio de contigüidade, induz, através da representação cartográfica por exemplo, uma percepção do espaço nacional ou regional como "sistema fechado".
Mais próxima das realidades regionais é a concepção do espaço regional como um "sistema aberto", ou como um conjunto de "n" sistemas abertos, na medida que são sistemas que trocam energia (trabalho), matéria (bens) e informação, com o "ambiente" em que se situam, ao mesmo tempo em que o grau de coesão interna depende da intensidade de relações que neles se dão. "Ambiente", nesse caso, pode ser um conjunto de variáveis que atuam em diversos níveis escalares: características geográficas, o preço de mercadorias, normas sociais, características culturais, etc. O sistema urbano, em si mesmo composto por múltiplos subsistemas, ou mesmo a cidade, constitui um exemplo expressivo do que é um "sistema aberto".
Instabilidade e auto-organizaçao
A “Amazônia” pode ser considerada como um conjunto de regiões concebidas como “sistemas abertos”, que evoluem numa situação de forte instabilidade. Paul Glansdorff descreve o que seria um sistema dinâmico instável como sendo aquele que evolve (muda) no tempo, uma parte de seus constituintes se renovando (mudança banal), porém sujeito a comportamentos desordenados internos espontâneos, quando exposto a um ambiente que é fonte de agressões e perturbações aleatórias (Glansdorff,1983).
Trabalhar com o conceito de instabilidade, significa não atuar como se o sistema estivesse em estado estável, cuja manipulação pudesse ser controlada porque as reações conseqüentes regressariam à situações perto do equilíbrio, precisamente por causa da suposta estabilidade. Significa reconhecer os núcleos mais sensíveis do sistema, de modo a não agravar a precariedade e a instabilidade do mesmo.
A classe de sistemas instáveis identificados por cientistas sediados na Universidade Livre de Bruxelas como "distantes do equilíbrio termodinâmico", pode ajudar, por analogia, na descrição da instabilidade que caracteriza certos sistemas geográficos. Nos parece ser esse o regime ao qual estão sujeitas as regiões amazônicas, onde a instabilidade inerente às áreas de povoamento pioneiro é ampliada pela instabilidade que caracteriza a estrutura sócio-político-econômica do país.
Não se trata de reduzir os sistemas vivos ao físico-químico mas a ampliação deste para os sistemas organizados. Nessa classe de sistemas podem ocorrer momentos no tempo onde as interações entre os componentes do(s) sistema(s) estão sujeitas à perturbações (flutuações), ou seja, à comportamentos desordenados i.e. que aleatoriamente se agitam em todas as direções, sem que nenhuma delas seja privilegiada. São sistemas que estão permanentemente reajustando as ordens de grandeza dos subsistemas que o compõem (ordem por flutuação), só mantendo uma relativa estabilidade estrutural "se essa estrutura constitua, em condições dadas, um estado estável do sistema". A estrutura pode ser vista aqui como um "atrator", atuando sobre a trajetória do sistema, a instabilidade dinâmica podendo provocar a passagem de um atrator a outro, ou seja, de uma estrutura a outra, dizendo-se, então, que o sistema passou por um ponto de bifurcação. Nessas condições, quando um atrator que dominava o comportamento do sistema, de modo a proporcionar equilíbrio, se torna instável (desordenador) como resultado da variação do fluxo de matéria e energia que dirige ao sistema, o não-equilibrio pode se tornar uma fonte de ordem, ao surgirem novos tipos de atratores, às vezes mais complexos, que dão novas propriedades ao comportamento espaço-temporal do sistema (Prigogine,1986:164).
Em síntese, esses sistemas, denominados de "estruturas dissipativas" pelo físico-químico Ilya Prigogine, são organizações que resultam de uma mudança no comportamento das flutuações na vizinhança de um estado crítico (de instabilidade), e que podem restringir a tendência à desordem (entropia) pelo aparecimento de uma ordem engendrada tanto pela "ampliação" dessas flutuações como por perturbações provocadas do externo, ou seja, são sistemas que "dissipam sua entropia".
É evidente que a aplicação dessa teoria, de base matemática, na abordagem do espaço geográfico e da temporalidade dos objetos e das ações sociais apresenta uma série de dificuldades, a menor delas sendo o seu uso como "metáfora termodinâmica e entrópica". Contudo, sugere-se que a transferência de conceitos, nesse caso, pode formalizar verbalmente, qualitativamente, um processo que apresenta uma analogia com a teoria das estruturas dissipativas. Seria uma espécie de "metáfora interativa" (Livingston e Harrison,1981), sugerindo hipóteses para investigação que só agora estão sendo exploradas nas ciências sociais (Dumouchel e Dupuy,1983; Lesourne,1985; Pumain et alli,1989).
A exploração de uma possível analogia entre processos espaço-temporais e a teoria das estruturas dissipativas abre um leque de possibilidades. Permite conceber o aparecimento simultâneo da ordem e da desordem nos processos de organização e reestruturação espaciais (como característica objetiva do sistema observado e como resultado das projeções do observador daquilo que seria "ordem" e "desordem"). Apresenta, também, outras hipóteses associadas, como a existência de mais de um conceito de tempo: não só o tempo como parâmetro para descrever trajetórias mas o tempo dos processos irreversíveis - a "flecha do tempo" ou a temporalidade das coisas. Isso é importante quando nos damos conta que as estruturas espaciais resultam de ações individuais e coletivas que trabalham com horizontes de tempo diferentes e que podem estar submetidas tanto a processos indiferenciados, estruturando redes de relações de troca, como a processos diferenciados, o que pode provocar a fragmentação dessas redes e, em conseqüência, algum tipo de alteração estrutural.
Outra hipótese, como a possibilidade dos sistemas abertos se adaptarem à indeterminação, ou de criarem a partir dela novas ordenações, ou seja, o conceito de auto-organizaçao, pode ser fundamental para o entendimento de processos de urbanização e da evolução diferenciada de núcleos urbanos pertencentes à uma mesma rede urbana. A auto-organizaçao é um conceito que tem sido particularmente explorado pela biologia nos estudos sobre o papel da informação na evolução dos sistemas vivos (Atlan,1986), e pela ciência política nos debates sobre a "despolitização" da economia (Dupuy, 1978;1990). Jean Pierre Dupuy, por exemplo, ao aplicar a teoria da auto-organizaçao à ação humana, à composição da ação humana em sua dimensão coletiva e anônima, recoloca a velha questão de quais as condições que permitem que ações individuais possam engendrar coerência e não caos. A ação individual e coletiva (de pessoas e não de forças), se considerada como pequenas “flutuações” a partir de uma norma, podem se ampliar por efeito da intensificação de intercâmbios de todo tipo, e transformar em fator de organização aquilo que se afigurava, de inicio, como "desordem".
Na proposta de Dupuy, uma "positividade" é atribuída à auto-organizaçao, na medida que, ao contemplar a rede de relações entre os grupos sociais e o ambiente, enfoca-se a capacidade de ação criativa dos grupos às "perturbações" e agressões do ambiente através do aumento na variedade de estruturas e de funções de maneira a propiciar maior autonomia (porém não maior estabilidade). No entanto, não é possível afirmar de antemão que a auto-organizaçao é positiva ou negativa quando o conceito é aplicado aos sistemas sociais geohistóricos. Pois se trata de uma "atividade criativa" de certos sistemas, onde a condensação de energia i.e. as novas trocas que se estabelecem entre suas partes, pode assegurar a sobrevivência do sistema face à desordem, sem com isso definir o sentido ético dessa atividade.
Seja como for, no estudo do comportamento de sistemas sócio-espaciais, como, por exemplo, os sistemas urbanos, os modelos de auto-organizaçao permitem considerar o potencial de mudança inerente à ação humana e seu impacto na dinâmica da rede urbana, ao enfocar como a interação entre centros urbanos combina, ao mesmo tempo, elementos deterministas - a generalidade dos princípios de urbanização -, e estocásticos - a originalidade de cada destino urbano (Lepetit e Pumain,1993).
Variedade e complexidade dos espaços regionais amazônicos
No período compreendido entre 1965 e o início da década de 1980, o principal "atrator" do processo de povoamento do espaço regional amazônico brasileiro foi a estrutura criada pelas obras e intervenções do governo federal. Podemos supor que a dinâmica imprimida pelo governo na região, assim como a dos capitais privados que mobilizou, significou uma "bifurcação", se comparada à estrutura regional anterior? Como a ação governamental operou de fora do sistema regional por uma série de impulsos organizados, orientando, inclusive, a ação (e localização) dos capitais privados, a resposta poderia ser negativa. No entanto, as interações nos subsistemas regionais, tanto “internas” como com o ambiente "externo", foram profundamente alteradas, se comparadas às dominantes em períodos anteriores, as determinações da ação governamental não impedindo, ao contrário, alimentando, o aparecimento de formas expontâneas de organização espacial, que escapavam da funcionalidade prevista nos planos.
Em termos da estrutura espaço-temporal, poderíamos afirmar que ocorreu, sem dúvida, uma "quebra de simetria entre o antes e o depois", o que permitiria caracterizar o processo como sendo de tipo irreversível. Aceitar essa afirmação implica em não aceitar que a origem da irreversibilidade se encontra na complexidade ou na falta de controle sobre todas as variáveis do sistema. A irreversibilidade seria uma propriedade intrínseca do sistema gerado.
A lógica dominante nas ações governamentais foi a das macro-decisoes (no sentido de que um pequeno número de indivíduos ou de organizações equacionavam e decidiam sobre os problemas regionais, as conseqüências dessas ações afetando um grande número de indivíduos), acoplada à um planejamento de tipo estratégico, encarregado de impulsionar os diversos modelos de ocupação implantados, porém cujos mecanismos particulares nem sempre atuavam de forma integrativa. As ações obedeceram à um pequeno número de restrições locais quando da determinação da localização dos principais projetos e objetos (como as cidades). Restrições macroscópicas, de natureza financeira e política, repercutiram na regulação da temporalidade de cada um dos modelos de política territorial implantados e superposto na Amazônia - os eixos de desenvolvimento, os pólos de crescimentos, os grandes projetos (Machado,1987).
O que resultou dessa intervenção direta das organizações governamentais e privadas, como se sabe, foi o crescimento das atividades econômicas e sobretudo da população imigrante. Igualmente significativa foi a alteração dos sistemas bio-geofísicos, eles próprios atuando como restrições "microscópicas" sobre a estrutura sócio-econômica-espacial.
Entretanto, como é próprio de momentos de mutação, ocorreu perda de concordância nos tempos dos objetos e das ações, que não evoluíram com igual duração nem em ritmos idênticos. De fato, uma das coisas que se questiona no processo de estruturação dos espaços regionais é a idéia de linearidade do desenvolvimento regional, e seu corolário, a idéia de equilíbrio regional, um dos fundamentos lógicos da concepção da região como "sistema fechado". Tal questionamento não decorre somente de mudanças nos conceitos e nos métodos dos observadores mas da constatação de que a incerteza reside na própria coisa observada. É a multiplicidade de caminhos que alimenta as indeterminações da evolução regional, constituindo-se como condição de poder sobre o espaço.
A crise fiscal do Estado brasileiro, o fim do regime de governo autoritário, a redução dos empréstimos internacionais e o fim dos incentivos fiscais (ao capital privado) foram em conjunto responsáveis pela retração das ações governamentais e a desarticulação gradual da estrutura de apoio aos projetos de colonização. No entanto tal retração permitiu a "cristalização" de fenômenos presentes anteriormente e que não tinham tido até então condições de criar novos arranjos no espaço geográfico amazônico.
Poderíamos caracterizar esse momento de retração da ação governamental como um "ponto crítico" na evolução do sistema regional, isto é, o sistema atingiu um limiar de instabilidade? Uma resposta positiva implica em não atribuir exclusivamente à atuação governamental a responsabilidade pelo comportamento posterior do sistema regional. Isso porque, se antes de um limiar de instabilidade é possível falar de restrições determinantes, ou seja, de "causas" para as atividades observadas no sistema, passado o limiar, a atividade em questão é mantida pela restrição porém não no sentido desta "causar" a atividade mas sim de alimentá-la, a atividade tomando, daí em diante, um caráter autodeterminado . Por conseguinte, nesse momento, já não se pode descrever o que se produz no sistema como "causado" pela restrição (a crise fiscal do Estado).
Em síntese, pensamos que essa maneira de descrever o que se passa na região amazônica permite, em primeiro lugar, calibrar as análises sobre a evolução da ocupação no período pós-retração que tendem a generalizar, para o conjunto regional, processos de degradação da qualidade de vida, da infra-estrutura física ou do meio-ambiente, e considerá-los como expressão de "desordem", ou mesmo de "caos", situação que teria sucedido uma "ordem" anterior, ordem essa que pode estar referida tanto ao passado recente como ao passado remoto.
As evoluções particulares que ocorrem no espaço regional não podem ser atribuídas exclusivamente ao enfraquecimento da ação do governo federal, nem permitem afirmar que tal restrição constitua a "causa" da "desordem". Ao contrário, a idéia é trabalhar com a possibilidade de que sistemas dinâmicos longe do equilíbrio, como se argumenta aqui ser o caso dos sistemas regionais amazônicos, podem produzir suas próprias escalas de ordem e de correlações.
Em terceiro lugar, não se podendo mais identificar a retração das ações federais como "causa" da degradação de elementos, ou de mudanças nas atividades do sistema, o que se passa daí por diante decorre das propriedades do sistema. A "inchação" de uma cidade, a marginalização de certas áreas em relação aos circuitos produtivos, ou o desenvolvimento da economia da soja são produzidas por "atividades" do sistema regional que não foram causadas exclusivamente pela retração da presença do Estado federal e sim pelas conexões entre esses eventos.
De acordo com a teoria das estruturas dissipativas, depois que um sistema entrou numa situação de instabilidade se torna difícil distinguir, de uma vez por todas, a maneira como os diferentes eventos (portanto, o sistema) se conectam com as condições dos limites impostos ao sistema. O efeito de ambas as restrições (eventos e limites) não pode ser descrito de forma independente. É a existência dessas conexões que determina o fato de que uma modificação mínima das restrições macroscópicas pode ocasionar uma transformação radical do regime de funcionamento do sistema. E, reciprocamente, é a intensidade dos fluxos (macroscópicos) que atravessam o sistema e o mantém longe do equilíbrio que determina o fato de que tal ou qual combinação provocará a estabilidade de um regime de funcionamento dado ou, ao contrário, assegurará sua instabilidade (Stengers,1983).
Em outras palavras, é a correlação entre as interações dos elementos da estrutura espaço-temporal (interações que abarcam comportamentos ordenados e desordenados, formando "regiões" e não "pontos" no espaço), e o comportamento dos fluxos que atravessam todo o sistema, que determinará qual será o regime de funcionamento do sistema, se estável ou instável.
A estrutura criada por planos diretivos e ações diretas do governo federal foram responsáveis por uma nova organização espacial e a desorganização da estrutura preexistente. A instabilidade, que já era uma característica do comportamento dessa estrutura, se intensificou após a retração governamental, permitindo novos ordenamentos espaciais e a ampliação das "flutuações internas", cujos efeitos mais visíveis (na paisagem), é a mobilidade da população e o aumento das diferenças entre as aglomerações no que se refere ao crescimento populacional e à estrutura interna.
A área triangular formada por Tucuruí, Marabá e o "Bico do Papagaio" pode exemplificar, do ponto de vista geográfico, esse tipo de processo. Na área, o povoamento controlado (colonização induzida pelo Estado) e o povoamento espontâneo apareceram ao mesmo tempo, porém constituíam duas formas distintas de povoamento, interligadas pela mobilidade dos imigrantes: as agrovilas, localizadas de maneira ordenada ao longo da Transamazônica, e os povoados "espontâneos", disseminados desordenadamente no espaço, que acolhiam os fluxos de população imigrante impedida de se localizar na área sob controle do projeto de colonização federal. No decorrer da década de 1970 e 1980, uma série de "impulsos externos" e "internos" modificou os parâmetros para a descrição da evolução sub-regional. Entre eles, o abandono do projeto de colonização oficial, a construção da hidrelétrica de Tucuruí e da estrada de ferro de Carajás, o crescimento da economia urbana em Marabá, a expansão da pecuária nos domínios dos castanhais. As diferenças iniciais entre as duas formas de povoamento foram se dissolvendo, instaurando-se um outro processo de diferenciação, mais complexo que o anterior, onde a ampliação dos movimentos populacionais (flutuações) foi incrementada pelo adensamento populacional e, simultaneamente, pela concentração de investimentos. A probabilidade de formação de novos núcleos aumentou, assim como sua diferenciação. No nível micro, cada núcleo constitui agora, em teoria, um "sistema aberto": a mudança nos fluxos estruturantes da dinâmica sub-regional, atuantes no nível macro, tem introduzido restrições que re-posicionam cada aglomeração, provocando o desaparecimento ou a estagnação de alguns núcleos (inclusive as agrovilas), o crescimento de outros, e o aparecimento de novas aglomerações. Ampliou-se, assim, a diferenciação interna do sistema urbano e entre os subsistemas regionais, como mostram pesquisas empíricas na área (Vieira,1991; Tavares,1992).
Variantes desse processo podem ser identificadas em outras sub-regiões, indicando o aparecimento de novos "atratores" em meio a instabilidade. Estes seriam responsáveis pela criação de espaços "coerentes", isto é, organizados, mas cujas fortes conexões externas ao espaço amazônico podem se constituir em outra fonte de perturbação e instabilidade, ao mesmo tempo em que estão levando à uma mudança qualitativa na estrutura macroscópica das distribuições espaciais. Exemplos de "espaços coerentes" seriam aqueles organizados em torno da Zona Franca de Manaus, ou da economia da soja em Mato Grosso e sul do Maranhão.
A economia da soja: uma bifurcação no processo de reestruturação espacial da Amazônia Legal?
A reorganização das atividades produtivas em torno dos dois grandes sistemas geoambientais da região, a floresta pluvial e a savana, pode ser um dos indícios de uma mudança qualitativa na estrutura das distribuições espaciais. A evolução e expansão territorial da economia da soja nas áreas de cerrado tem conduzido à uma diferenciação crescente da área no nível da macroestrutura regional. Na situação atual, a dinâmica interna e as conexões externas desse espaço não são idênticas às das áreas de floresta pluvial.
A figura 1 é uma adaptação livre de um esquema que ilustra algumas das diferenças e similitudes do povoamento entre áreas de savana e de floresta. O autor, Martin Coy, não adota a mesma abordagem que estamos propondo, nem se arrisca a prever o futuro da Amazônia Legal, porém, a partir dos movimentos imigratórios e do emprego, enfoca algumas das interações que se estabelecem em cada um dos sistemas geoambientais (Coy,1991:54).
Ora, o ritmo de expansão territorial e de organização dos empreendimentos ligados a economia da soja em Mato Grosso se intensificou em plena crise dos projetos federais, ou seja, em meados da década de 1980. Mato Grosso é hoje o segundo produtor brasileiro de grãos de soja para o mercado externo. Para esse evento contribuiu, sem dúvida, a história recente da sub-região: os estudos sobre o aproveitamento do cerrado na década de 1960; o Polonoroeste; a colonização privada, incentivadora da imigração de colonos procedentes do sul do país desde a década de 1970; a iniciativa empresarial de grandes grupos exportadores de São Paulo na década de 1980.
Novas áreas de plantio estão surgindo nos cerrados do Tocantins, porém com perfil imigratório e de financiamento distinto. Não só a soja é responsável pela estruturação de um arranjo espacial coerente com a expansão de grandes organizações agro-industriais no Brasil. Outros grandes empreendimentos agroindustriais foram implantadas no sul do estado de Mato Grosso, pertencentes à organizações nacionais e multinacionais do Centro-sul, como a Sadia e a Michelin (plantação de seringueira). Mais recentemente, a introdução do plantio de algodão parece confirmar a tendência de ampliação do sistema de produção agro-industrial vinculado aos "complexos" agro-industriais do Centro-sul.
A persistir essa tendência, pode-se especular que a área de planejamento conhecida como "Amazônia Legal", congregando a região Norte e parte da região Centro-Oeste, tende a perder sua "unidade" territorial, diante da evolução heterogênea dos subsistemas regionais. Essa tendência, aliás, pode ser atualmente detectada no número cada vez maior de estudos que se referem à Região Norte como "Amazônia", sem menção a Mato Grosso, ao Maranhão ou ao Tocantins (mais de dois terços da superfície desses três estados são cobertos por vegetação de cerrado e cerradão).
Por outro lado, a economia da soja pode ser um atrator poderoso o suficiente para superar as diferenças entre os subsistemas geoambientais, incorporando as áreas de floresta, o que alteraria, de novo, os parâmetros para a diferenciação regional.
Para o setor energético, os limites e a caracterização dos sistemas geográficos são fatores relevantes, não só porque existem diferenças entre os sistemas bio-geofísicos mas porque essa diferença é acompanhada por estruturas sócio-espaciais particulares, com evolução igualmente diferenciada. Os resultados efetivos da estratégia a ser adotado pelo setor não são indiferentes à decisão de tomar como base territorial a Amazônia sul-americana, por exemplo, ou optar-se por "decompor" a região segundo sua diferenciação interna. Nota-se que essa restrição, aparentemente óbvia, raramente é incluída nas discussões sobre política energética.
Até agora nossa pretensão foi a de introduzir algumas das possibilidades teóricas e práticas de um sistema descritivo que integre, por analogia, certos conceitos da teoria das estruturas dissipativas ao estudo da dinâmica espaço-temporal da região. Gostaríamos de finalizar a apresentação, enfocando alguns dos elementos que permitem descrever a estrutura espaço-temporal numa situação "longe do equilíbrio", isto é, conjugando determinação e indeterminação.
A temporalidade da urbanização
Ao contrário da suposição comum, o urbano na região, assim como a gênese de uma "rede" urbana, são eventos relativamente recentes na história regional, datando do período áureo da economia da borracha, no final do século XIX (Machado,1989). Até meados do século XX, a urbanização permaneceu nos níveis do século anterior, isto é, numa situação de relativa estabilidade estrutural. Visto pelo prisma da temporalidade dos "objetos" - as vilas e cidades -, a paisagem urbana era de estancamento e degradação na maioria delas.
Nota-se que esse processo não pode ser atribuído somente à passagem de um "tempo externo", de um tempo cronológico. Uma cidade pode apresentar sinais de "envelhecimento", diferenciando-se de outra cidade com a mesma idade cronológica, devido à sua história particular: à dinâmica de sua estrutura interna e de sua interação com o "exterior", ou seja, ao seu "tempo interno" ou temporalidade. Nela, "a medida de tempo é dada pela duração da vida dos objetos, pelo tempo necessário à sua construção, à sua destruição, à sua renovação, através do ritmo de seu crescimento" (Pumain,1993:136). Quer dizer que cada cidade tem uma temporalidade própria, ao mesmo tempo em que sua história particular não pode ser compreendida isoladamente, sendo parte de um processo urbano regionalizado.
Quanto ao padrão espacial, a disposição geográfica dos núcleos de povoamento obedeceu, secularmente, à disposição da rede fluvial (MAPA 1a). Afora os adensamentos localizados na Zona Bragantina paraense e em torno de Cuiabá, o padrão de distribuição era disperso. A maioria deles não poderia ser rigorosamente considerado como cidade, não só pelo isolamento geográfico, mas porque, regra geral, não comportava nem infra-estrutura urbana nem vida urbana passível de ser mencionada. Somente as capitais estaduais escapavam desse quadro (proto)urbano, apresentando um crescimento do tipo característico de cidade-primaz, isto é, uma concentração de população e atividades muitas vezes maior do que a dos núcleos seguintes na hierarquia.
O atual processo de urbanização, isto é, o aparecimento de novas cidades e a alteração do tamanho das cidades, iniciado com a construção da Belém-Brasília, se acentuaram nas décadas seguintes, com o aumento de intensidade dos fluxos de mercadorias (bens e serviços), energia (trabalho/imigração) e informação (inovações, comunicações) que perpassam o sistema regional. De fato, a "fronteira urbana" na Amazônia talvez seja o traço mais extraordinário da ocupação recente. Se é verdade que a historia regional mostra que a concentração da população em poucas localidades foi a regra e não a exceção, nada no seu passado prenunciava o grau de dinamismo da urbanização atual.
O MAPA 1(b) permite visualizar a localização das novas cidades e a mudança relativa de sua distribuição espacial. Observa-se a "condensação" de núcleos urbanos novos, pós-1961, em quatro áreas - sudeste do Pará, Mato Grosso, Tocantins e centro-sul de Rondônia, e um certo adensamento de novos núcleos no entorno de Manaus. Essa condensação de núcleos é compatível com a tese de que os sistemas urbanos não aparecem a partir de uma única cidade (como supunha Christaller) mas que as cidades aparecem simultaneamente em algumas regiões do sistema.
Por sua vez, a evolução da distribuição da população urbana por classe de tamanho dos núcleos mostra que a heterogeneidade da estrutura hierárquica das cidades amazônicas se acentuou nas últimas décadas (TABELA 1). Trata-se de uma visão bastante parcial, uma vez que os dados estatísticos foram coletados por estado e não estão relacionados à prestação de serviços e a oferta de emprego, elementos principais da teoria clássica de localidades centrais. Sabemos, também, que a hierarquia por ordem de tamanho populacional da cidade é problemática pois existe a possibilidade da existência de funções urbanas características de um nível hierárquico elevado em centros de pequena dimensão. É o caso das "company-towns", como a da Cia.Vale do Rio Doce em Carajás, onde a empresa pode produzir uma "sinergia vertical", a cidade sendo uma extensão de sua linha de produção.
Apesar dessa limitação, a tabela permite estimar grosso modo a evolução da hierarquia urbana. Para o conjunto dos estados, uma certa estabilidade das classes de tamanho pode ser observada no interior da hierarquia, até 1970. A partir daí, o aparecimento de novas classes no alto da hierarquia indica uma tendência à concentração nas maiores aglomerações. Contudo, o censo de 1991 registra uma mudança na forma da hierarquia, isto é, na repartição da população urbana total por classes de tamanho: a) um movimento de desconcentração nas maiores cidades, que apesar do crescimento absoluto teve sua participação relativa reduzida; b) o aumento da participação relativa das cidades pequenas e médias. Por outro lado, a ausência de níveis intermédios de cidades em alguns estados, como Amapá, Roraima e Amazonas, indica a fragilidade dos subsistemas urbanos locais.
Outro dado apontado pela tabela é o crescimento do número de cidades. O nascimento de novas cidades é um evento comum nos períodos iniciais de colonização, porém também pode ser impulsionado por mudanças em outros pontos do sistema regional, ou por mudanças nos vários parâmetros que descrevem a urbanização. A municipalização, as novas vias de transporte terrestre, os pólos de investimento, a política de distribuição de terras, e a monetarização da economia, com a introdução em larga escala do trabalho assalariado, constituem novos parâmetros de descrição da evolução do sistema urbano regional.
Se tais atividades são ordenadoras do espaço regional, o mesmo não pode ser dito sobre o destino da energia humana que, em muitos lugares, devido à precariedade do trabalho, se encontra num estado de desordem. Gostaríamos de enfocar dois aspectos desse “estado de desordem”.
O primeiro deles, bastante conhecido pelos pesquisadores amazônicos, é a existência de uma massa de imigrantes desempregados e subempregados, que se congrega na periferia, às vezes no próprio centro, das cidades, em geral, nos piores terrenos (Coelho,1991). O turnover imigratório é elevado, o que não impede a expansão de bairros de favelados das mais variadas procedências. A "invasão" de terrenos urbanos na Amazônia, apesar de menos estudada que os movimentos de invasão na área rural, é uma ocorrência comum no espaço regional.
O segundo aspecto, menos conhecido, é a disseminação de aglomerados rurais, independentes, em certa medida, da rede de cidades. Esse fenômeno tampouco é estranho às regiões pioneiras, pois nem sempre os núcleos urbanos estão próximos às frentes de trabalho, só que na Amazônia conforma um verdadeiro "padrão" de assentamento, caracterizado por forte instabilidade. Esses "povoados" ou "sítios", locais de aglutinação de mão de obra e/ou de pequenos produtores rurais, se assemelham às favelas, dada a precariedade do equipamento urbano. Terminada a frente de trabalho, vendidos os pequenos estabelecimentos, ou expropriados ocupantes na área rural, a aglomeração se retrai, tornando-se meros resíduos das vagas imigratórias, ou desaparece, sua população emigrando para as cidades, ou para outras frentes de trabalho.
Não seria extrapolar muito concluir que os aglomerados rurais expressam uma urbanização do território não vinculada à presença material da cidade, na medida que a população é parte integrante da rede de circulação de mercadorias e de mão de obra, assim como da rede de circulação de informações. A existência desse tipo de "rede" rural/urbana mostra mais claramente do que a rede urbana formal, a situação de incerteza e precariedade aos quais estão sujeitos os habitantes menos favorecidos da fronteira amazônica.
Contudo, esse estado de desordem pode também ser a condição para o aparecimento da auto-organizaçao. Por um lado, as cidades oferecem para alguns imigrantes a oportunidade de acumular capital, muitas vezes direcionado para a compra e exploração de propriedades rurais na periferia da cidade. Nesse momento de redução dos investimentos públicos e privados em muitas áreas amazônicas, esse aspecto é fundamental para a estabilização do povoamento. Pela primeira vez na história recente da região, o processo de acumulação "interna" de capital é tão importante para a evolução de cada cidade quanto a entrada de novos capitais de origem "externa" à região.
Por outro lado, as aglomerações rurais podem evoluir da condição de local de fixação provisória da força de trabalho para a de assentamento urbano, alguns deles transformando-se em sede de município, ou seja, ascendendo à condição oficial de cidade. Esse processo conta, freqüentemente com participação popular, liderada por políticos e pequenos comerciantes locais. Se muitos das sedes dos novos municípios que tem surgido na Amazônia, na última década, já nasceram como pequenas cidades, caso daquelas projetadas pelos grandes empreendimentos federais ou privadas, ou porque uma combinação peculiar de circunstancias permitiram a rápida coalescência da população, caso de Xingoara, no Sudeste do Pará, outras foram buscar, na condição formal de cidade, a possibilidade de criá-la, subvertendo a linearidade dos modelos clássicos de evolução urbana. É fato muito antigo no país o incentivo a autonomia municipal por parte de políticos locais com o intento de criar "currais eleitorais" mas isso não deve ser confundido com o desejo real da população em obtê-la. Basicamente por entender que a autonomia municipal pode ser a via de acesso a serviços sociais básicos, construção de infra-estrutura, oferta de emprego público, e escolha de representantes que defendam suas reivindicações de "desenvolvimento econômico da região", frase presente em faixas e cartazes das campanhas por autonomia municipal pelo Brasil afora.
O fenômeno urbano, portanto, não corresponde à um processo contínuo de agregação do povoamento: processos diferentes atuam nas formações urbanas do alto e da base da hierarquia. Em síntese, a hierarquia urbana reflete tanto os efeitos da história particular de cada núcleo (contingencial) como a ação de leis econômicas deterministas (Allen e Sanglier,1979).
Redes de telecomunicação e hierarquia urbana
Apesar da rede de energia elétrica ser, seguramente, a principal das redes logísticas, de forma nenhuma podemos dizer que elas configuram redes locais e, muito menos, regionais na Amazônia. As conexões, quando existem, não chegam a configurar uma "cobertura" do território. A noção de cobertura por uma rede corresponde ao percentual do conjunto social/territorial que tem acesso à essa rede, seja de maneira potencial ou efetiva.
É fato que as redes estão submetidas às restrições inerentes aos sistemas econômicos e sociais; devem se adaptar às estruturas espaciais preexistentes.
Desse ponto de vista, as redes de telecomunicação apresentam um interesse particular. Em primeiro lugar, porque podem atuar em todos os níveis de organização do espaço geográfico. Compartilham com as redes de transporte aéreo a possibilidade de estabelecer "curtos circuitos" na articulação de escalas geográficas, ou seja, o estabelecimento de relações diretas entre microespaços e macroespaços, podendo superar parcialmente as restrições geográficas, ao associar coletividades que não apresentam laços por contigüidade, e superar algumas das "rugosidades" representadas pelas estruturas construídas e os sistemas geoecológicos. Isso é valido para o espaço regional/nacional porém também para o espaço local, para o espaço intraurbano.
Em segundo lugar, porque possibilitam a existência de certas funções específicas, de nível elevado, em centros de pequena dimensão, pelo efeito de sinergias horizontais (estrutura cooperativa em rede, com centros complementares e especializados) e sinergias verticais (estrutura de grandes organizações) (Diappi,1993).
Em terceiro lugar, porque, contudo, quanto mais intensa é a “comunicação” entre os diferentes níveis (escalares) de organização do espaço geográfico, maior será a proporção de flutuações (perturbações) insignificantes, maior será sua estabilidade, mais fraca a tendencia à auto-organização. Sistemas muito complexos como os sistemas humanos, onde os indivíduos interagem de diferentes maneiras, a desordem permanente é evitada pela rapidez de difusão das flutuações, isto é, da comunicação entre as distintas regiões do sistema. Esse "poder integrante" do sistema, que mantém sua estabilidade e sua conservação poderia, em tese, reduzir a variedade de modos de vida e, portanto, os processos auto-organizadores (inovação e criatividade), diminuindo a capacidade do sistema de "dissipar entropia".
O sentido estratégico das redes logísticas , onde se inclui a rede de telecomunicações, é de aumentar, precisamente, a estabilidade das estruturas espaciais através de operações em rede. Ora, o que assistimos hoje é um processo simultâneo de ordenação (tendente à manter os sistemas espaciais em “estado estável”), e de “distúrbio” e desordenação das organizações espaciais (instabilidade). Isso porque cada nódulo de rede - uma cidade, uma empresa ou um partido político - possui uma “espessura social e geográfica” (Raffestin,1980), ou seja, constitui em si mesmo um sistema “aberto”, complexo, onde a formação, manutenção e difusão de diversos tipos de redes não só são permanentemente desafiadas pelas rugosidades presentes, como podem ser alimentadas por elas.
Acresce ainda que as redes de telecomunicações servem de suporte a transmissão de informação sobre longas distancia, sem implicar no deslocamento do indivíduo. Apresenta, portanto, uma especificidade do ponto de vista do potencial estabilizante/desestabilizante da "comunicação".
Para a Amazônia brasileira existem várias redes de serviços de comunicação produzidas e administradas pela EMBRATEL, que detém o monopólio para todo o território nacional. O monopólio estatal foi benéfico, no caso amazônico, porque a expansão das redes obedeceu ao propósito político/estratégico de integração nacional mais do que motivações estritamente econômicas, o que possivelmente teria limitado o mapa das redes ao Centro-sul do país.
Inspirado nos trabalhos seminais de Benakouche e Dias (1990), e de Dias (1991), sobre a relação entre redes de telecomunicação e o fenômeno urbano no Brasil, foi feito o mapeamento das redes de transmissão de dados do serviço TRANSDATA e RENPAC na Amazônia .
As linhas de transmissão da rede Transdata foram mapeadas em duas situações, intra-regional e inter-regional (MAPA 2). Essa rede especializada é utilizada por empresas cujo movimento comporta a emissão contínua (24h) de quantidades medias e grandes de dados. O custo é calculado em função da distancia e da velocidade de transmissão. Os maiores usuários desse serviço no Brasil e na Amazônia são as organizações bancárias (e.g. Bradesco, Banco do Brasil, Bamerindus), as empresas petrolíferas e os serviços governamentais (SERPRO, ECT, DATAPREV). Na década de 1990, os bancos, que respondem por quase 75% do uso dessas linhas, têm se deslocado, gradativamente, para o serviço DATASAT, de maior capacidade, melhor qualidade de transmissão e menor custo para a emissão de dados a longa distancia.
Na situação intra-regional, a predominância das capitais estaduais como principais nódulos de rede confirma a posição respectiva na hierarquia urbana. Porém apresentam diferenças no que se refere ao uso do serviço em cada cidade, e a posição de comando que cada uma delas exerce sobre redes locais. Apesar de Belém estar conectada com um número expressivo de nódulos regionais a longa distancia, seu papel como centro de rede local é inexpressivo, exceto para Macapá, Marabá e Tucuruí. Enquanto a Zona Franca de Manaus é a responsável pelo maior uso do serviço na escala intraurbana em toda a Amazônia, sua rede local também é inexpressiva. S.Luis e Cuiabá são centros hierárquicos superiores a Belém, no que se refere ao uso intraurbano da rede Transdata. Essas duas capitais são importantes, também, como centros de rede local, assim como Porto Velho, apesar da capital de Rondônia ser inexpressiva do ponto de vista do uso intraurbano do Transdata.
Outro aspecto interessante é a importância relativa de algumas conexões interurbanas, como a existente entre Belém e Manaus, entre Belém e Porto Velho, entre Manaus e Boa Vista (Roraima), e entre Cuiabá, Rondonópolis e Cáceres. Muitos núcleos urbanos amazônicos não estão conectados ao TRANSDATA, a articulação à rede não sendo uma decorrência mecânica do tamanho urbano. Por outro lado, a articulação interurbana não está determinada pela restrição geográfica de contigüidade, nem tampouco obedece ao desenho da rede urbana estadual.
Quanto a situação inter-regional da rede Transdata, o mapa mostra as conexões existentes entre cada núcleo urbano da Amazônia Legal e a região metropolitana de São Paulo. Ressalta-se, de saída, que o volume virtual de dados transmitidos é maior para os canais que conectam a região com o "exterior" do que por qualquer outro canal ocupado na rede no espaço intra-regional. As cidades de Belém, Manaus e Cuiabá se destacam na conexão inter-regional com a metrópole paulista, sede das maiores organizações bancárias privadas. A importância da conexão Belém/S.Paulo confirma seu papel de principal centro regional amazônico para as conexões inter-regionais, na medida que também é o principal nódulo intra-regional para conexões a longa distancia com outras cidades amazônicas.
O serviço RENPAC se destina ao mercado do grande público, e utiliza a técnica de comunicação de dados por comutação de pacotes. A topologia da rede acompanha a da rede telefônica, cuja expansão tem sido lenta, e cuja tecnologia deficiente tem prejudicado a comercialização do RENPAC. Acresce ainda que são poucos os centros de comutação e de centros de concentração, sua repartição sobre o território sendo muito desigual (Benakoush e Dias:181). Contudo, é um serviço relativamente barato, principalmente no que se refere ao intraurbano. A tarifa é independente da distancia, o preço sendo determinado pela duração da chamada. Concebida para pequenos usuários, cuja demanda não exige o aluguel de circuitos privados como o Transdata e o DATASAT, a rede RENPAC é, no entanto, mais utilizada por empresas.
A situação intra-regional para o sistema RENPAC (MAPA 3) mostra que o uso desse serviço é restrito, o que pode ser explicado tanto pela fragilidade do mercado regional como pelas deficiências de equipamento e da rede telefônica, assim como pelo desconhecimento do próprio mercado. Assim mesmo, o desenho da rede não se afasta muito daquele da rede Transdata. O triângulo formado por Belém, Marabá e S.Luis se deve à Cia.Vale do Rio Doce, que utiliza o sistema RENPAC para comunicações intraempresariais no caso, para a administração do projeto Carajás.
Mais interessantes são as conexões inter-regionais, que no caso do RENPAC, podem ser medidas bi-direcionalmente. O exemplo apresentado computa as chamadas, via RENPAC, com origem nas cidades amazônicas e destinadas a São Paulo e Rio de Janeiro. Belém, seguida de Manaus e Cuiabá, constituem os principais nódulos de conexão com o Sudeste do país. A comunicação direta entre a maior parte das cidades amazônicas e o eixo São Paulo/Rio de Janeiro é pouco importante se comparado a outras regiões do país. Porém, de novo, cidades médias e pequenas de Mato Grosso e Rondônia apresentam conexão direta, ao contrário do Pará, onde somente Marabá e Santarém, as duas maiores cidades do estado, se articulam diretamente a S.Paulo e Rio de Janeiro.
De modo geral, no que tange às redes comerciais de serviços de comunicação, a cobertura de acesso (potencial) é pequena, e a cobertura efetiva é ainda menor. Por outro lado, o fato de que grandes organizações podem estar fortemente conectadas às redes (consumo intenso desses serviços) não implica que estejam "ligadas" umas com as outras, no plano geral. Ou seja a conexão não é transitiva. Considerando ainda que a informação principal transmitida por essas redes se refere a movimento financeiro, podemos concluir que a "efetividade" das comunicações, do ponto de vista econômico-regional, é bastante restrita.
Em síntese, processos auto-organizativos podem ser observados na rede urbana, sendo responsáveis pela diferenciação e hierarquia das cidades. A "comunicação" entre as distintas regiões do sistema, e com o "externo", apresenta-se bastante limitada e seletiva, não tendo um efeito estabilizador sobre as cidades e, muito menos, sobre o processo de integração regional.
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sábado, 5 de fevereiro de 2011
Tempos Modernos, em 1982 Lulu Santos já profetizava nossos tempos!!!
Eu vejo a vida
Melhor no futuro
Eu vejo isso
Por cima de um muro
De hipocrisia
Que insiste
Em nos rodear...
Eu vejo a vida
Mais clara e farta
Repleta de toda
Satisfação
Que se tem direito
Do firmamento ao chão...
Eu quero crer
No amor numa boa
Que isso valha
Pra qualquer pessoa
Que realizar, a força
Que tem uma paixão...
Eu vejo um novo
Começo de era
De gente fina
Elegante e sincera
Com habilidade
Pra dizer mais sim
Do que não, não, não...
Hoje o tempo voa amor
Escorre pelas mãos
Mesmo sem se sentir
Não há tempo
Que volte amor
Vamos viver tudo
Que há pra viver
Vamos nos permitir...
Eu quero crer
No amor numa boa
Que isso valha
Pra qualquer pessoa
Que realizar, a força
Que tem uma paixão...
Eu vejo um novo
Começo de era
De gente fina
Elegante e sincera
Com habilidade
Pra dizer mais sim
Do que não...
Hoje o tempo voa amor
Escorre pelas mãos
Mesmo sem se sentir
E não há tempo
Que volte amor
Vamos viver tudo
Que há prá viver
Vamos nos permitir...
E não há tempo
Que volte amor
Vamos viver tudo
Que há pra viver
Vamos nos permitir...
Melhor no futuro
Eu vejo isso
Por cima de um muro
De hipocrisia
Que insiste
Em nos rodear...
Eu vejo a vida
Mais clara e farta
Repleta de toda
Satisfação
Que se tem direito
Do firmamento ao chão...
Eu quero crer
No amor numa boa
Que isso valha
Pra qualquer pessoa
Que realizar, a força
Que tem uma paixão...
Eu vejo um novo
Começo de era
De gente fina
Elegante e sincera
Com habilidade
Pra dizer mais sim
Do que não, não, não...
Hoje o tempo voa amor
Escorre pelas mãos
Mesmo sem se sentir
Não há tempo
Que volte amor
Vamos viver tudo
Que há pra viver
Vamos nos permitir...
Eu quero crer
No amor numa boa
Que isso valha
Pra qualquer pessoa
Que realizar, a força
Que tem uma paixão...
Eu vejo um novo
Começo de era
De gente fina
Elegante e sincera
Com habilidade
Pra dizer mais sim
Do que não...
Hoje o tempo voa amor
Escorre pelas mãos
Mesmo sem se sentir
E não há tempo
Que volte amor
Vamos viver tudo
Que há prá viver
Vamos nos permitir...
E não há tempo
Que volte amor
Vamos viver tudo
Que há pra viver
Vamos nos permitir...
Censo 2010: população do Brasil é de 190.732.694 pessoas
Após cerca de quatro meses de trabalho de coleta e supervisão, durante os quais trabalharam 230 mil pessoas, sendo 191 mil recenseadores, o resultado do Censo 2010 indica 190.732.694 pessoas para a população brasileira em 1º de agosto, data de referência. Em comparação com o Censo 2000, ocorreu um aumento de 20.933.524 pessoas. Esse número demonstra que o crescimento da população brasileira no período foi de 12,3%, inferior ao observado na década anterior (15,6% entre 1991 e 2000). O Censo 2010 mostra também que a população é mais urbanizada que há 10 anos: em 2000, 81% dos brasileiros viviam em áreas urbanas, agora são 84%.
A região Sudeste segue sendo a região mais populosa do Brasil, com 80.353.724 pessoas. Entre 2000 e 2010, perderam participação as regiões Sudeste (de 42,8% para 42,1%), Nordeste (de 28,2% para 27,8%) e Sul (de 14,8% para 14,4%). Por outro lado, aumentaram seus percentuais de população brasileira as regiões Norte (de 7,6% para 8,3%) e Centro-Oeste (de 6,9% para 7,4%).
Entre as unidades da federação, São Paulo lidera com 41.252.160 pessoas. Por outro lado, Roraima é o estado menos populoso, com 451.227 pessoas. Houve mudanças no ranking dos maiores municípios do país, com Brasília (de 6º para 4º) e Manaus (de 9º para 7º) ganhando posições. Por outro lado, Belo Horizonte (de 4º para 6º), Curitiba (de 7º para 8º) e Recife (8º para 9º) perderam posições.
Os resultados mostram que existem 95,9 homens para cada 100 mulheres, ou seja existem mais 3,9 milhões de mulheres a mais que homens no Brasil. Em 2000, para cada 100 mulheres, havia 96,9 homens. A população brasileira é composta por 97.342.162 mulheres e 93.390.532 homens.
Entre os municípios, o que tinha maior percentual de homens era Balbinos (SP). Já o que tinha maior percentual de mulheres era Santos (SP). O Censo 2010 apurou ainda que existiam 23.760 brasileiros com mais de 100 anos. Bahia é a unidade da federação a contar com mais brasileiros centenários (3.525), São Paulo (3.146) e Minas Gerais (2.597)
O Censo Demográfico compreendeu um levantamento exaustivo de todos os domicílios do país. Foram visitados 67,6 milhões de domicílios e ao menos um morador forneceu informações sobre todos os moradores de cada residência. A partir do dia 4 de novembro, o IBGE realizou um trabalho de supervisão e controle de qualidade de todo material coletado, em conjunto com as Comissões Censitárias Estaduais (CCE) e das Comissões Municipais de Geografia e Estatística (CMGE,) em todas as 27 Unidades da Federação e nos municípios brasileiros. As comissões funcionaram como um canal de comunicação entre o IBGE e a sociedade e participaram de todo o processo de realização do Censo.
Do total dos 67,6 milhões de domicílios recenseados, os moradores foram entrevistados em 56,5 milhões de domicílios. Foram classificados como fechados 901 mil domicílios, em que não foi possível realizar as entrevistas presenciais, mas havia evidências de que existiam moradores. Nesses casos, o IBGE utilizou uma metodologia para estimar o número de pessoas residentes nesses domicílios fechados. Esta é uma prática já adotada por institutos oficiais de estatísticas internacionais de países como Estados Unidos, Canadá, Austrália, México e Nova Zelândia, igualmente já utilizada na Contagem de 2007 realizada pelo IBGE. A metodologia consiste em atribuir a cada domicílio fechado o número de moradores de outro domicílio, que havia sido inicialmente considerado fechado e depois foi recenseado. A escolha foi aleatória, levando em conta a unidade da federação, o tamanho da população do município e a situação urbana ou rural.
O Censo Demográfico encontrou ainda 6,1 milhões domicílios vagos,ou seja, aqueles que não tinham morador na data de referência, mesmo que, posteriormente, durante o período da coleta, tivessem sido ocupados. Casas colocadas à venda (ou de aluguel) e abandonadas são exemplos de domicílios vagos. Os domicílios de uso ocasional, que somaram 3,9 milhões, são aqueles que servem ocasionalmente de moradia, usados para descanso de fins de semana, férias ou outro fim. Já o número de domicílios coletivos (hotéis, pensões, presídios, quartéis, postos militares, asilos, orfanatos, conventos, alojamento de trabalhadores, etc) foi de 110mil. Em 2000, do total de 54,2 milhões de domicílios, 45 milhões eram ocupados, 528 mil fechados, 6 milhões vagos e 2,7 milhões de uso ocasional.
Iniciado em 1º de agosto de 2010, os 191 mil recenseadores percorreram os 5.565 municípios brasileiros e as entrevistas implicaram no recenseamento da população por meio de três métodos: entrevista presencial, questionário pela Internet e, por fim, a estimação do número de moradores em domicílios fechados.
Em suma, o Censo Demográfico 2010 consiste na visita exaustiva de todos os domicílios e entrevistas. O IBGE agradece aos participantes das Comissões Censitárias Estaduais (CCE) e das Comissões Municipais de Geografia e Estatística (CMGE) e à população pelas informações prestadas. O IBGE espera que os dados coletados sirvam de base para o planejamento público e privado, em favor da melhoria das condições de vida da sociedade brasileira.
Amapá se destaca no crescimento populacional
Embora com perda de participação, os estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro representam 40,28% no total da população em 2010 (frente aos 40,82% em 2000). Em dez anos, os destaques de crescimento foram verificados no Amapá (40,18%), Roraima (39,10%) e Acre (31,44%). Por outro lado, os menores percentuais ocorreram no Rio Grande do Sul (4,98%), Bahia (7,28%) e Paraná (9,16%).
Brasília e Manaus mudam de posição entre os 10 maiores.
Houve mudanças nos rankings tanto dos 10 municípios mais populosos quanto dos de menor população. Na parte de cima, Belo Horizonte, Curitiba e Recife perderam posição frente aos números de 2000. Por outro lado, Brasília e Manaus subiram de posição, cada um, na lista dos mais populosos.
Já entre os de menor população, André da Rocha (RS) e Nova Castilho (SP) elevaram sua posição. Lavandeira, Rio da Conceição, Tupirama e Ipueiras, todos municípios de Tocantins, saíram da lista dos menos populosos; cederam lugar a Miguel Leão (PI), Uru (SP), Cedro do Abaeté (MG), Araguainha (MT).
População urbana sobe de 81,25% para 84,35%
Já em 2010, apenas 15,65% da população (29.852.986 pessoas) viviam em situação rural, contra 84,35% em situação urbana (160.879.708 pessoas). Entre os municípios, 67 tinham 100% de sua população vivendo em situação urbana e 775 com mais de 90% nessa situação. Por outro lado, apenas nove tinham mais de 90% de sua população vivendo em situação rural.
Em 2000, da população brasileira 81,25% (137.953.959 pessoas) viviam em situação urbana e 18,75% (31.845.211 pessoas) em situação rural. Entre os municípios, 56 tinham 100% de sua população vivendo em situação urbana e 523 com mais de 90% nessa situação. Por outro lado, 38 tinham mais de 90% vivendo em situação rural e o único município do país a ter 100% de sua população em situação rural era Nova Ramada (RS).
Em dez anos 19 municípios dobraram população
Desde 2000, 19 municípios mais que dobraram sua população – o de maior crescimento foi Balbinos (SP), com 199,47% de crescimento; seguido por Rio das Ostras (RJ), com 190,39%; e Pedra Branca do Amapari (AP), com 168,72%. Na tabela abaixo, é possível verificar a lista completa.
Por outro lado, 1.520 municípios registraram população inferior à existente em 2000. Na tabela abaixo, é possível verificar as cinco maiores quedas.
Homens são maioria em Balbinos (SP). Mulheres, em Santos (SP)
Em 2010, os municípios com maior proporção de homens são: Balbinos (SP), Pracinha (SP) e Lavínia (SP). As listas com os 10 maiores percentuais dos Censos podem ser verificadas abaixo:
Já entre os de maior proporção de mulheres em 2010 se destacam: Santos (SP), Recife (PE) e São Caetano do Sul (SP). Veja os percentuais nas tabelas abaixo:
A região Sudeste segue sendo a região mais populosa do Brasil, com 80.353.724 pessoas. Entre 2000 e 2010, perderam participação as regiões Sudeste (de 42,8% para 42,1%), Nordeste (de 28,2% para 27,8%) e Sul (de 14,8% para 14,4%). Por outro lado, aumentaram seus percentuais de população brasileira as regiões Norte (de 7,6% para 8,3%) e Centro-Oeste (de 6,9% para 7,4%).
Entre as unidades da federação, São Paulo lidera com 41.252.160 pessoas. Por outro lado, Roraima é o estado menos populoso, com 451.227 pessoas. Houve mudanças no ranking dos maiores municípios do país, com Brasília (de 6º para 4º) e Manaus (de 9º para 7º) ganhando posições. Por outro lado, Belo Horizonte (de 4º para 6º), Curitiba (de 7º para 8º) e Recife (8º para 9º) perderam posições.
Os resultados mostram que existem 95,9 homens para cada 100 mulheres, ou seja existem mais 3,9 milhões de mulheres a mais que homens no Brasil. Em 2000, para cada 100 mulheres, havia 96,9 homens. A população brasileira é composta por 97.342.162 mulheres e 93.390.532 homens.
Entre os municípios, o que tinha maior percentual de homens era Balbinos (SP). Já o que tinha maior percentual de mulheres era Santos (SP). O Censo 2010 apurou ainda que existiam 23.760 brasileiros com mais de 100 anos. Bahia é a unidade da federação a contar com mais brasileiros centenários (3.525), São Paulo (3.146) e Minas Gerais (2.597)
O Censo Demográfico compreendeu um levantamento exaustivo de todos os domicílios do país. Foram visitados 67,6 milhões de domicílios e ao menos um morador forneceu informações sobre todos os moradores de cada residência. A partir do dia 4 de novembro, o IBGE realizou um trabalho de supervisão e controle de qualidade de todo material coletado, em conjunto com as Comissões Censitárias Estaduais (CCE) e das Comissões Municipais de Geografia e Estatística (CMGE,) em todas as 27 Unidades da Federação e nos municípios brasileiros. As comissões funcionaram como um canal de comunicação entre o IBGE e a sociedade e participaram de todo o processo de realização do Censo.
Do total dos 67,6 milhões de domicílios recenseados, os moradores foram entrevistados em 56,5 milhões de domicílios. Foram classificados como fechados 901 mil domicílios, em que não foi possível realizar as entrevistas presenciais, mas havia evidências de que existiam moradores. Nesses casos, o IBGE utilizou uma metodologia para estimar o número de pessoas residentes nesses domicílios fechados. Esta é uma prática já adotada por institutos oficiais de estatísticas internacionais de países como Estados Unidos, Canadá, Austrália, México e Nova Zelândia, igualmente já utilizada na Contagem de 2007 realizada pelo IBGE. A metodologia consiste em atribuir a cada domicílio fechado o número de moradores de outro domicílio, que havia sido inicialmente considerado fechado e depois foi recenseado. A escolha foi aleatória, levando em conta a unidade da federação, o tamanho da população do município e a situação urbana ou rural.
O Censo Demográfico encontrou ainda 6,1 milhões domicílios vagos,ou seja, aqueles que não tinham morador na data de referência, mesmo que, posteriormente, durante o período da coleta, tivessem sido ocupados. Casas colocadas à venda (ou de aluguel) e abandonadas são exemplos de domicílios vagos. Os domicílios de uso ocasional, que somaram 3,9 milhões, são aqueles que servem ocasionalmente de moradia, usados para descanso de fins de semana, férias ou outro fim. Já o número de domicílios coletivos (hotéis, pensões, presídios, quartéis, postos militares, asilos, orfanatos, conventos, alojamento de trabalhadores, etc) foi de 110mil. Em 2000, do total de 54,2 milhões de domicílios, 45 milhões eram ocupados, 528 mil fechados, 6 milhões vagos e 2,7 milhões de uso ocasional.
Iniciado em 1º de agosto de 2010, os 191 mil recenseadores percorreram os 5.565 municípios brasileiros e as entrevistas implicaram no recenseamento da população por meio de três métodos: entrevista presencial, questionário pela Internet e, por fim, a estimação do número de moradores em domicílios fechados.
Em suma, o Censo Demográfico 2010 consiste na visita exaustiva de todos os domicílios e entrevistas. O IBGE agradece aos participantes das Comissões Censitárias Estaduais (CCE) e das Comissões Municipais de Geografia e Estatística (CMGE) e à população pelas informações prestadas. O IBGE espera que os dados coletados sirvam de base para o planejamento público e privado, em favor da melhoria das condições de vida da sociedade brasileira.
Amapá se destaca no crescimento populacional
Embora com perda de participação, os estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro representam 40,28% no total da população em 2010 (frente aos 40,82% em 2000). Em dez anos, os destaques de crescimento foram verificados no Amapá (40,18%), Roraima (39,10%) e Acre (31,44%). Por outro lado, os menores percentuais ocorreram no Rio Grande do Sul (4,98%), Bahia (7,28%) e Paraná (9,16%).
Brasília e Manaus mudam de posição entre os 10 maiores.
Houve mudanças nos rankings tanto dos 10 municípios mais populosos quanto dos de menor população. Na parte de cima, Belo Horizonte, Curitiba e Recife perderam posição frente aos números de 2000. Por outro lado, Brasília e Manaus subiram de posição, cada um, na lista dos mais populosos.
Já entre os de menor população, André da Rocha (RS) e Nova Castilho (SP) elevaram sua posição. Lavandeira, Rio da Conceição, Tupirama e Ipueiras, todos municípios de Tocantins, saíram da lista dos menos populosos; cederam lugar a Miguel Leão (PI), Uru (SP), Cedro do Abaeté (MG), Araguainha (MT).
População urbana sobe de 81,25% para 84,35%
Já em 2010, apenas 15,65% da população (29.852.986 pessoas) viviam em situação rural, contra 84,35% em situação urbana (160.879.708 pessoas). Entre os municípios, 67 tinham 100% de sua população vivendo em situação urbana e 775 com mais de 90% nessa situação. Por outro lado, apenas nove tinham mais de 90% de sua população vivendo em situação rural.
Em 2000, da população brasileira 81,25% (137.953.959 pessoas) viviam em situação urbana e 18,75% (31.845.211 pessoas) em situação rural. Entre os municípios, 56 tinham 100% de sua população vivendo em situação urbana e 523 com mais de 90% nessa situação. Por outro lado, 38 tinham mais de 90% vivendo em situação rural e o único município do país a ter 100% de sua população em situação rural era Nova Ramada (RS).
Em dez anos 19 municípios dobraram população
Desde 2000, 19 municípios mais que dobraram sua população – o de maior crescimento foi Balbinos (SP), com 199,47% de crescimento; seguido por Rio das Ostras (RJ), com 190,39%; e Pedra Branca do Amapari (AP), com 168,72%. Na tabela abaixo, é possível verificar a lista completa.
Por outro lado, 1.520 municípios registraram população inferior à existente em 2000. Na tabela abaixo, é possível verificar as cinco maiores quedas.
Homens são maioria em Balbinos (SP). Mulheres, em Santos (SP)
Em 2010, os municípios com maior proporção de homens são: Balbinos (SP), Pracinha (SP) e Lavínia (SP). As listas com os 10 maiores percentuais dos Censos podem ser verificadas abaixo:
Já entre os de maior proporção de mulheres em 2010 se destacam: Santos (SP), Recife (PE) e São Caetano do Sul (SP). Veja os percentuais nas tabelas abaixo:
Dados do IBGE - População Mundial
MUNDO
População: População total - 2010 (habitantes)
País Habitantes Localização
Afeganistão 29.117.489 Oriente Médio
África do Sul 50.492.408 África
Albânia 3.169.087 Europa
Alemanha 82.056.775 Europa
Andorra 85.116 Europa
Angola 18.992.707 África
Antígua e Barbuda 85.900 América Central
Arábia Saudita 26.245.969 Oriente Médio
Argélia 35.422.589 África
Argentina 40.665.732 América do Sul
Armênia 3.090.379 Europa
Austrália 21.511.888 Oceania
Áustria 8.387.491 Europa
Azerbaijão 8.933.928 Europa
Bahamas 345.736 América Central
Bangladesh 164.425.491 Ásia
Barbados 256.552 América Central
Barein 807.131 Oriente Médio
Belarus 9.587.940 Europa
Bélgica 10.697.588 Europa
Belize 312.928 América Central
Benin 9.211.741 África
Bolívia 10.030.832 América do Sul
Bósnia e Herzegovina 3.759.633 Europa
Botswana 1.977.569 África
Brasil 195.423.252 América do Sul
Brunei 407.045 Sudeste Asiático
Bulgária 7.497.282 Europa
Burkina Faso 16.286.706 África
Burundi 8.518.862 África
Butão 708.484 Ásia
Cabo Verde 512.582 África
Camarões 19.958.351 África
Camboja 15.053.112 Sudeste Asiático
Canadá 33.889.747 América do Norte
Casaquistão 15.753.460 Ásia
Catar 1.508.322 Oriente Médio
Chade 11.506.130 África
Chile 17.134.708 América do Sul
China 1.354.146.443 Ásia
Chipre 879.723 Oriente Médio
Cingapura 4.836.691 Sudeste Asiático
Colômbia 46.300.196 América do Sul
Comores 691.351 África
Congo 3.758.678 África
Coréia do Norte 23.990.703 Ásia
Coréia do Sul 48.500.717 Ásia
Costa do Marfim 21.570.746 África
Costa Rica 4.639.827 América Central
Croácia 4.409.659 Europa
Cuba 11.204.351 América Central
Dinamarca 5.481.283 Europa
Djibuti 879.053 África
Dominica 71.008 América Central
Egito 84.474.427 Oriente Médio
El Salvador 6.194.126 América Central
Emirados Árabes Unidos 4.707.307 Oriente Médio
Equador 13.774.909 América do Sul
Eritréia 5.223.994 África
Eslováquia 5.411.640 Europa
Eslovênia 2.024.912 Europa
Espanha 45.316.586 Europa
Estados Unidos 317.641.087 América do Norte
Estônia 1.339.459 Europa
Etiópia 84.975.606 África
Federação dos Estados da Micronésia 111.101 Oceania
Federação Russa 140.366.561 Europa e Ásia
Fiji 854.098 Oceania
Filipinas 93.616.853 Sudeste Asiático
Finlândia 5.345.826 Europa
França 62.636.580 Europa
Gabão 1.501.266 África
Gâmbia 1.750.732 África
Gana 24.332.755 África
Geórgia 4.219.191 Europa
Granada 104.342 América Central
Grécia 11.183.393 Europa
Guatemala 14.376.881 América Central
Guiana 761.442 América do Sul
Guiné 10.323.755 África
Guiné Equatorial 693.385 África
Guiné-Bissau 1.647.380 África
Haiti 10.188.175 América Central
Holanda 16.653.346 Europa
Honduras 7.615.584 América Central
Hungria 9.973.141 Europa
Iemen 24.255.928 Oriente Médio
Ilhas Marshall 54.439 Oceania
Ilhas Salomão 535.699 Oceania
Índia 1.214.464.312 Ásia
Indonésia 232.516.771 Sudeste Asiático
Irã 75.077.547 Oriente Médio
Iraque 31.466.698 Oriente Médio
Irlanda 4.589.002 Europa
Islândia 329.279 Europa
Israel 7.285.033 Oriente Médio
Itália 60.097.564 Europa
Jamaica 2.729.909 América Central
Japão 126.995.411 Ásia
Jordânia 6.472.392 Oriente Médio
Kiribati 100.835 Oceania
Kuwait 3.050.744 Oriente Médio
Laos 6.436.093 Sudeste Asiático
Lesoto 2.084.182 África
Letônia 2.240.265 Europa
Líbano 4.254.583 Oriente Médio
Libéria 4.101.767 África
Líbia 6.545.619 África
Liechtenstein 35.446 Europa
Lituânia 3.255.324 Europa
Luxemburgo 491.772 Europa
Macedônia 2.043.360 Europa
Madagascar 20.146.442 África
Malásia 27.913.990 Sudeste Asiático
Malawi 15.691.784 África
Maldivas 313.920 Ásia
Mali 13.323.104 África
Malta 409.999 Europa
Marrocos 32.381.283 África
Maurício 1.296.569 África
Mauritânia 3.365.675 África
México 110.645.154 América do Norte
Mianma 50.495.672 Ásia
Moçambique 23.405.670 África
Moldávia 3.575.574 Europa
Mônaco 31.109 Europa
Mongólia 2.701.117 Ásia
Montenegro 625.516 Europa
Namíbia 2.212.037 África
Nauru 9.976 Oceania
Nepal 29.852.682 Ásia
Nicarágua 5.822.265 América Central
Níger 15.891.482 África
Nigéria 158.258.917 África
Noruega 4.855.315 Europa
Nova Zelândia 4.303.457 Oceania
Omã 2.905.114 Oriente Médio
Palau 20.518 Oceania
Panamá 3.508.475 América Central
Papua Nova Guiné 6.888.387 Oceania
Paquistão 184.753.300 Ásia
Paraguai 6.459.727 América do Sul
Peru 29.496.120 América do Sul
Polônia 38.038.094 Europa
Portugal 10.732.357 Europa
Quênia 40.862.900 África
Quirguistão 5.550.239 Ásia
Reino Unido 61.899.272 Europa
República Centro Africana 4.505.945 África
República Democrática do Congo 67.827.495 África
República Dominicana 10.225.482 América Central
República Tcheca 10.410.786 Europa
Romênia 21.190.154 Europa
Ruanda 10.277.212 África
Samoa 178.943 Oceania
San Marino 31.451 Europa
Santa Lúcia 173.942 América Central
São Cristóvão e Névis 39.000 América Central
São Tomé e Príncipe 165.397 África
São Vicente e Granadinas 109.284 América Central
Senegal 12.860.717 África
Serra Leoa 5.835.664 África
Sérvia 9.855.857 Europa
Seychelles 87.298 África
Síria 22.505.091 Oriente Médio
Somália 9.358.602 África
Sri Lanka 20.409.946 Ásia
Suazilândia 1.201.904 África
Sudão 43.192.438 África
Suécia 9.293.026 Europa
Suíça 7.594.561 Europa
Suriname 524.345 América do Sul
Tailândia 68.139.238 Sudeste Asiático
Tajidquistão 7.074.845 Ásia
Tanzânia 45.039.573 África
Timor Leste 1.171.163 Sudeste Asiático
Togo 6.780.030 África
Tonga 104.260 Oceania
Trinidad e Tobago 1.343.725 América Central
Tunísia 10.373.957 África
Turcomenistão 5.176.502 Ásia
Turquia 75.705.147 Europa e Oriente Médio
Tuvalu 11.149 Oceania
Ucrânia 45.433.415 Europa
Uganda 33.796.461 África
Uruguai 3.372.222 América do Sul
Uzbequistão 27.794.296 Ásia
Vanuatu 245.786 Oceania
Venezuela 29.043.555 América do Sul
Vietnã 89.028.741 Sudeste Asiático
Zâmbia 13.257.269 África
Zimbábue 12.644.041 África
População: População total - 2010 (habitantes)
País Habitantes Localização
Afeganistão 29.117.489 Oriente Médio
África do Sul 50.492.408 África
Albânia 3.169.087 Europa
Alemanha 82.056.775 Europa
Andorra 85.116 Europa
Angola 18.992.707 África
Antígua e Barbuda 85.900 América Central
Arábia Saudita 26.245.969 Oriente Médio
Argélia 35.422.589 África
Argentina 40.665.732 América do Sul
Armênia 3.090.379 Europa
Austrália 21.511.888 Oceania
Áustria 8.387.491 Europa
Azerbaijão 8.933.928 Europa
Bahamas 345.736 América Central
Bangladesh 164.425.491 Ásia
Barbados 256.552 América Central
Barein 807.131 Oriente Médio
Belarus 9.587.940 Europa
Bélgica 10.697.588 Europa
Belize 312.928 América Central
Benin 9.211.741 África
Bolívia 10.030.832 América do Sul
Bósnia e Herzegovina 3.759.633 Europa
Botswana 1.977.569 África
Brasil 195.423.252 América do Sul
Brunei 407.045 Sudeste Asiático
Bulgária 7.497.282 Europa
Burkina Faso 16.286.706 África
Burundi 8.518.862 África
Butão 708.484 Ásia
Cabo Verde 512.582 África
Camarões 19.958.351 África
Camboja 15.053.112 Sudeste Asiático
Canadá 33.889.747 América do Norte
Casaquistão 15.753.460 Ásia
Catar 1.508.322 Oriente Médio
Chade 11.506.130 África
Chile 17.134.708 América do Sul
China 1.354.146.443 Ásia
Chipre 879.723 Oriente Médio
Cingapura 4.836.691 Sudeste Asiático
Colômbia 46.300.196 América do Sul
Comores 691.351 África
Congo 3.758.678 África
Coréia do Norte 23.990.703 Ásia
Coréia do Sul 48.500.717 Ásia
Costa do Marfim 21.570.746 África
Costa Rica 4.639.827 América Central
Croácia 4.409.659 Europa
Cuba 11.204.351 América Central
Dinamarca 5.481.283 Europa
Djibuti 879.053 África
Dominica 71.008 América Central
Egito 84.474.427 Oriente Médio
El Salvador 6.194.126 América Central
Emirados Árabes Unidos 4.707.307 Oriente Médio
Equador 13.774.909 América do Sul
Eritréia 5.223.994 África
Eslováquia 5.411.640 Europa
Eslovênia 2.024.912 Europa
Espanha 45.316.586 Europa
Estados Unidos 317.641.087 América do Norte
Estônia 1.339.459 Europa
Etiópia 84.975.606 África
Federação dos Estados da Micronésia 111.101 Oceania
Federação Russa 140.366.561 Europa e Ásia
Fiji 854.098 Oceania
Filipinas 93.616.853 Sudeste Asiático
Finlândia 5.345.826 Europa
França 62.636.580 Europa
Gabão 1.501.266 África
Gâmbia 1.750.732 África
Gana 24.332.755 África
Geórgia 4.219.191 Europa
Granada 104.342 América Central
Grécia 11.183.393 Europa
Guatemala 14.376.881 América Central
Guiana 761.442 América do Sul
Guiné 10.323.755 África
Guiné Equatorial 693.385 África
Guiné-Bissau 1.647.380 África
Haiti 10.188.175 América Central
Holanda 16.653.346 Europa
Honduras 7.615.584 América Central
Hungria 9.973.141 Europa
Iemen 24.255.928 Oriente Médio
Ilhas Marshall 54.439 Oceania
Ilhas Salomão 535.699 Oceania
Índia 1.214.464.312 Ásia
Indonésia 232.516.771 Sudeste Asiático
Irã 75.077.547 Oriente Médio
Iraque 31.466.698 Oriente Médio
Irlanda 4.589.002 Europa
Islândia 329.279 Europa
Israel 7.285.033 Oriente Médio
Itália 60.097.564 Europa
Jamaica 2.729.909 América Central
Japão 126.995.411 Ásia
Jordânia 6.472.392 Oriente Médio
Kiribati 100.835 Oceania
Kuwait 3.050.744 Oriente Médio
Laos 6.436.093 Sudeste Asiático
Lesoto 2.084.182 África
Letônia 2.240.265 Europa
Líbano 4.254.583 Oriente Médio
Libéria 4.101.767 África
Líbia 6.545.619 África
Liechtenstein 35.446 Europa
Lituânia 3.255.324 Europa
Luxemburgo 491.772 Europa
Macedônia 2.043.360 Europa
Madagascar 20.146.442 África
Malásia 27.913.990 Sudeste Asiático
Malawi 15.691.784 África
Maldivas 313.920 Ásia
Mali 13.323.104 África
Malta 409.999 Europa
Marrocos 32.381.283 África
Maurício 1.296.569 África
Mauritânia 3.365.675 África
México 110.645.154 América do Norte
Mianma 50.495.672 Ásia
Moçambique 23.405.670 África
Moldávia 3.575.574 Europa
Mônaco 31.109 Europa
Mongólia 2.701.117 Ásia
Montenegro 625.516 Europa
Namíbia 2.212.037 África
Nauru 9.976 Oceania
Nepal 29.852.682 Ásia
Nicarágua 5.822.265 América Central
Níger 15.891.482 África
Nigéria 158.258.917 África
Noruega 4.855.315 Europa
Nova Zelândia 4.303.457 Oceania
Omã 2.905.114 Oriente Médio
Palau 20.518 Oceania
Panamá 3.508.475 América Central
Papua Nova Guiné 6.888.387 Oceania
Paquistão 184.753.300 Ásia
Paraguai 6.459.727 América do Sul
Peru 29.496.120 América do Sul
Polônia 38.038.094 Europa
Portugal 10.732.357 Europa
Quênia 40.862.900 África
Quirguistão 5.550.239 Ásia
Reino Unido 61.899.272 Europa
República Centro Africana 4.505.945 África
República Democrática do Congo 67.827.495 África
República Dominicana 10.225.482 América Central
República Tcheca 10.410.786 Europa
Romênia 21.190.154 Europa
Ruanda 10.277.212 África
Samoa 178.943 Oceania
San Marino 31.451 Europa
Santa Lúcia 173.942 América Central
São Cristóvão e Névis 39.000 América Central
São Tomé e Príncipe 165.397 África
São Vicente e Granadinas 109.284 América Central
Senegal 12.860.717 África
Serra Leoa 5.835.664 África
Sérvia 9.855.857 Europa
Seychelles 87.298 África
Síria 22.505.091 Oriente Médio
Somália 9.358.602 África
Sri Lanka 20.409.946 Ásia
Suazilândia 1.201.904 África
Sudão 43.192.438 África
Suécia 9.293.026 Europa
Suíça 7.594.561 Europa
Suriname 524.345 América do Sul
Tailândia 68.139.238 Sudeste Asiático
Tajidquistão 7.074.845 Ásia
Tanzânia 45.039.573 África
Timor Leste 1.171.163 Sudeste Asiático
Togo 6.780.030 África
Tonga 104.260 Oceania
Trinidad e Tobago 1.343.725 América Central
Tunísia 10.373.957 África
Turcomenistão 5.176.502 Ásia
Turquia 75.705.147 Europa e Oriente Médio
Tuvalu 11.149 Oceania
Ucrânia 45.433.415 Europa
Uganda 33.796.461 África
Uruguai 3.372.222 América do Sul
Uzbequistão 27.794.296 Ásia
Vanuatu 245.786 Oceania
Venezuela 29.043.555 América do Sul
Vietnã 89.028.741 Sudeste Asiático
Zâmbia 13.257.269 África
Zimbábue 12.644.041 África
Dicionário Básico de Geografia
Altitude:
Distância vertical deste ponto até o nível zero, geralmente, o nível médio do mar.
Atlas:
Conjunto de mapas agrupados em um livro.
Bacia Hidrográfica:
Área drenada por um rio principal e seus tributários. As bacias hidrográficas recebem o nome do rio principal, sendo também chamadas bacias fluviais ou bacias de drenagem.
Barômetro:
Instrumento utilizado em Topografia para determinação da altitude de pontos da superfície terrestre em função de sua pressão atmosférica.
Carta Geográfica:
Carta topográfica de escala pequena, em regra inferior a 1/500 000, que representa os traços mais gerais de vastas regiões do globo terrestre.
Cartografia:
Conjunto de estudos e operações científicas, artísticas e técnicas, baseado no resultado de observações diretas ou de análise de documentação, visando a elaboração e preparação de cartas, projetos e outras formas de expressão, bem como sua utilização.
Coordenadas:
Valores lineares e/ou angulares que indicam a posição ocupada por um ponto num sistema de referência qualquer.
Coordenadas Geográficas:
Termo global usado geralmente para indicar, tanto as coordenadas geodésicas quanto as coordenadas astronômicas, o mesmo que coordenadas terrestres.
Coordenadas Geodésicas:
Os valores de longitude e latitude que definem a posição de um ponto na superfície da terra, em relação ao elipsóide de referência.
Dado:
Qualquer tipo de representação que tenha um significado.
Distância vertical deste ponto até o nível zero, geralmente, o nível médio do mar.
Atlas:
Conjunto de mapas agrupados em um livro.
Bacia Hidrográfica:
Área drenada por um rio principal e seus tributários. As bacias hidrográficas recebem o nome do rio principal, sendo também chamadas bacias fluviais ou bacias de drenagem.
Barômetro:
Instrumento utilizado em Topografia para determinação da altitude de pontos da superfície terrestre em função de sua pressão atmosférica.
Carta Geográfica:
Carta topográfica de escala pequena, em regra inferior a 1/500 000, que representa os traços mais gerais de vastas regiões do globo terrestre.
Cartografia:
Conjunto de estudos e operações científicas, artísticas e técnicas, baseado no resultado de observações diretas ou de análise de documentação, visando a elaboração e preparação de cartas, projetos e outras formas de expressão, bem como sua utilização.
Coordenadas:
Valores lineares e/ou angulares que indicam a posição ocupada por um ponto num sistema de referência qualquer.
Coordenadas Geográficas:
Termo global usado geralmente para indicar, tanto as coordenadas geodésicas quanto as coordenadas astronômicas, o mesmo que coordenadas terrestres.
Coordenadas Geodésicas:
Os valores de longitude e latitude que definem a posição de um ponto na superfície da terra, em relação ao elipsóide de referência.
Dado:
Qualquer tipo de representação que tenha um significado.
A Terra é o planeta em que vivemos ( 6º Anos )
A superfície da Terra é a parte onde vivemos.
A superfície da Terra não é toda igual. Nela existem: terrenos planos, terrenos ondulados (com subidas e descidas), terrenos altos e outros mais baixos.
O conjunto dessas diferentes formas da superfície terrestre damos o nome de relevo.
Formas de relevo:
As principais formas de relevo são:
•Planície - terreno plano, às vezes com pequenas elevações.
•Planalto - terreno plano e mais alto que a planíce.
•Montanha - grande elevação de terra.
•Serra e Cordilheira - conjunto de montanhas.
•Monte - média elevação de terra.
•Morro ou Colina - pequena elevação de terra.
•Vale - região plana situada entre morros e montanhas.
•Ilha - porção de terra cercada de água por todos os lados.
•Depressão - terreno mais baixo que os terrenos que o cercam.
1 - Escreva como é o relevo do terreno (plano ou ondulado, da mesma altura, mais baixo ou mais alto que os terrenos que os cercam ):
a) da sua casa
__________________________________________________________________
b) da sua escola
__________________________________________________________________
c) da casa de seu colega ao lado
__________________________________________________________________
2 - Conforme explicação do conteúdo, preencha as lacunas:
a) pequena elevação de terra : ________________________
b) terreno plano, às vezes com pequenas elevações: _______________________
c) região plana situada entre morros e montanhas: _______________________
d) terreno plano e mais alto que a planície: _______________________
e) conjunto de montanhas: ____________________
A superfície da Terra não é toda igual. Nela existem: terrenos planos, terrenos ondulados (com subidas e descidas), terrenos altos e outros mais baixos.
O conjunto dessas diferentes formas da superfície terrestre damos o nome de relevo.
Formas de relevo:
As principais formas de relevo são:
•Planície - terreno plano, às vezes com pequenas elevações.
•Planalto - terreno plano e mais alto que a planíce.
•Montanha - grande elevação de terra.
•Serra e Cordilheira - conjunto de montanhas.
•Monte - média elevação de terra.
•Morro ou Colina - pequena elevação de terra.
•Vale - região plana situada entre morros e montanhas.
•Ilha - porção de terra cercada de água por todos os lados.
•Depressão - terreno mais baixo que os terrenos que o cercam.
1 - Escreva como é o relevo do terreno (plano ou ondulado, da mesma altura, mais baixo ou mais alto que os terrenos que os cercam ):
a) da sua casa
__________________________________________________________________
b) da sua escola
__________________________________________________________________
c) da casa de seu colega ao lado
__________________________________________________________________
2 - Conforme explicação do conteúdo, preencha as lacunas:
a) pequena elevação de terra : ________________________
b) terreno plano, às vezes com pequenas elevações: _______________________
c) região plana situada entre morros e montanhas: _______________________
d) terreno plano e mais alto que a planície: _______________________
e) conjunto de montanhas: ____________________
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