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quinta-feira, 27 de janeiro de 2011



Sociologia e ou História: -Transição para o capitalismo

Especial para a Página 3 Pedagogia & ComunicaçãoObjetivo
Levar ao conhecimento dos alunos o tema da transição do modo de produção feudal para o modo de produção capitalista. O desenvolvimento do tema permite compreender transformações econômicas, sociais, políticas e culturais que ocorreram, primeiramente, na Europa Ocidental e depois se expandiram para o resto do mundo, em decorrência da consolidação e universalização do modo de produção capitalista. O tema pode ser desenvolvido em 10 aulas.

Textos sugeridos
No UOL Educação: Feudalismo - Servidão, impostos, taxas, suserania e vassalagem e Mercantilismo - Capitalismo comercial e início da colonização da América.
E o livro Linhagens do Estado Absolutista, de Perry Anderson, do qual o professor deve utilizar apenas as duas partes iniciais.

Aulas 1, 2 e 3: declínio do modo de produção feudal
Nos séculos 14 e 15, a Europa Ocidental foi abalada por uma crise generalizada da economia agrária, que trouxe fome, epidemias, guerras e revoltas populares às cidades e ao campo. Nesse contexto, o sistema e o modo de produção feudal foram profundamente afetados. As consequências da crise foram:


a) dissolução dos laços de servidão; os servos se revoltaram e começaram a fugir dos feudos (sob o domínio da nobreza fundiária, proprietária de terras);


b) a nobreza feudal, temerosa diante das revoltas camponesas, reagiu criando os Estados absolutistas, que podem ser entendidos como uma reorganização do poder político;


c) o poder político, que estava concentrado no âmbito da aldeia (feudo), projetou-se numa escala mais ampla, de modo a ficar concentrado na pessoa de um rei. Os Estados absolutistas foram responsáveis pela introdução dos exércitos permanentes, com o objetivo de aumentar a eficácia da repressão contra as revoltas camponesas e manter os camponeses nos feudos;


d) portanto, os Estados absolutistas eram "máquinas de guerra" que serviram aos interesses da classe nobre. Foi uma compensação pelo fim da servidão.


e) em razão da necessidade de recursos para manter em funcionamento os exércitos permanentes, as monarquias centralizadas européias introduziram os primórdios das burocracias permanentes e do sistema tributário unificado.

Aulas 4, 5 e 6: características gerais e desenvolvimento do modo de produção capitalista
O capitalismo começou a se desenvolver no âmbito do modo de produção feudal em declínio. Suas principais características são: 1) propriedade privada dos meios de produção (de posse dos capitalistas ou burgueses); 2) produção de mercadorias destinadas ao mercado consumidor (e não para a própria sobrevivência); e 3) a existência de "força de trabalho" que possa ser comprada (existência do trabalhador livre).


a) só podemos falar em consolidação do modo de produção capitalista quando as características mencionadas estão presentes e se tornam predominantes e universais.


b) de acordo com Perry Anderson, na época da formação dos Estados absolutistas, as formações sociais eram compósitas, ou seja, coexistiam dois modos de produção distintos, o feudalismo em declínio e o capitalismo em desenvolvimento.


c) enquanto os camponeses foram obrigados a permanecer nos feudos e a trabalhar para os senhores feudais, as relações sociais se mantiveram feudais. Essa condição impediu o surgimento do "trabalhador livre" e, consequentemente, o desenvolvimento pleno do capitalismo.

Aulas 7 e 8: Mercantilismo
As monarquias centralizadas não interromperam o desenvolvimento do capitalismo nascente, porque a necessidade de recursos materiais e financeiros para manter em funcionamento os Estados absolutistas fez com que os reis buscassem apoio da classe burguesa:


a) a necessidade de contar com recursos materiais fez com que os reis negociassem com a burguesia nascente, de modo a atender algumas exigências. Desse modo, os Estados absolutistas propiciaram, indiretamente, as bases para o desenvolvimento posterior do capitalismo;


b) a ação direta dos Estados absolutistas fez surgir o mercantilismo, como princípio de um mercado interno protegido pelo protecionismo, e o comércio externo de mercadorias;


c) o mercantilismo beneficiou a classe burguesa porque permitiu o desenvolvimento do modo de produção capitalista.


Aulas 9 e 10: o Estado capitalista
Em determinada fase do desenvolvimento das forças produtivas capitalistas, a burguesia se fortalece como classe social e promove a tomada do poder por meios revolucionários:


a) as monarquias centralizadas e os Estados absolutistas foram derrubados pelo poder de uma classe revolucionária: a burguesia;


b) a primeira revolução burguesa ocorreu na Inglaterra, em 1680; seguida pela França, em 1789.


c) após a tomada do poder pela burguesia capitalista, os Estados absolutistas se transformam em Estados capitalistas e passam a adotar políticas econômicas condizentes com os interesses da burguesia, promovendo o desenvolvimento do capitalismo;


d) para se tornar o modo de produção dominante e universal, o capitalismo precisou "destruir" (modificar radicalmente) a estrutura fundiária, o modo de vida dos camponeses e a propriedade da terra;


e) a transição para o capitalismo não representa tão-somente uma mudança de padrão produtivo da esfera estritamente econômica, mas também na esfera cultural. As primeiras gerações de trabalhadores precisaram ser disciplinadas para se adequarem aos imperativos da exploração capitalista. Esse processo foi marcado por um conflito latente;


f) para se desenvolver, o capitalismo precisou expropriar os camponeses, de modo que esses trabalhadores fossem juridicamente livres e necessitassem vender sua força de trabalho, transformando-se em proletários.


g) a expropriação da classe camponesa e a modificação da estrutura agrária variaram em cada país onde o capitalismo surgiu e se tornou o modo de produção dominante.


*Renato Cancian é cientista social, mestre em sociologia política e doutorando em ciências sociais. É autor do livro "Comissão Justiça e Paz de São Paulo: Gênese e Atuação Política - 1972-1985".

Cronologia - Presidentes

1889 - 1891 Deodoro da Fonseca
1891 - 1894 Floriano Peixoto
1894 - 1898 Prudente de Moraes
1898 - 1902 Campos Sales
1902 - 1906 Rodrigues Alves
1906 - 1909 Afonso Pena
1909 - 1910 Nilo Peçanha
1910 - 1914 Hermes da Fonseca
1914 - 1918 Venceslau Brás
1918 Rodrigues Alves
1918 - 1919 Delfim Moreira
1919 - 1922 Epitácio Moreira
1922 - 1926 Artur Bernardo
1926 - 1930 Washington Luís
1930 - 1934 Getúlio Vargas - Governo Provisório
1934 - 1937 Getúlio Vargas - Governo Constitucional
1937 - 1945 Getúlio Vargas - Governo Ditatorial
1945 - 1946 José Linhares
1946 - 1951 Eurico Gaspar Dutra
1951 - 1954 Getúlio Vargas
1954 - 1956 Café Filho, Carlos Luz, Nereu Ramos
1956 - 1961 Juscelino Kubitschek
1961 Jânio Quadros
1961 - 1964 João Goulart
1964 - 1967 Castelo Branco
1967 - 1969 Costa e Silva
1969 - 1974 Garrastazu Médici
1974 - 1979 Ernesto Geisel
1979 - 1985 João Baptista Figueiredo
1985 - 1990 José Sarney
1990 - 1992 Fernando Collor de Mello
1992 - 1994 Itamar Franco
1995 - 2003 Fernando Henrique Cardoso
2003 Luiz Inácio Lula da Silva

LINHA DO TEMPO DA IDADE CONTEMPORÂNEA

1789-1799 – Estimulada pelos ideais iluministas e com apoio popular, a burguesia volta-se contra os privilégios da nobreza e do clero e instaura a I República na Revolução Francesa. A desigualdade civil e uma profunda crise econômica dominam a França de Luís XVI. Ocorrem revoltas que resultam na proclamação da Assembléia Nacional Constituinte e na tomada da Bastilha, em 14 de julho de 1789, por cerca de mil parisienses, quase todos comerciantes, artesãos e assalariados.


Em 1792, os jacobinos assumem a liderança da revolução com o apoio dos sans-culottes (proletariado urbano) e prendem seus opositores, os girondinos. Durante o chamado Período do Terror, entre 1793 e 1794, a revolução se radicaliza sob o comando de Robespierre. Há execuções em massa e as sentenças de morte atingem também os revolucionários considerados traidores ou acusados de conspiração. Com a execução do próprio Robespierre, chega ao fim a supremacia do grupo jacobino. Os girondinos instalam no poder a alta burguesia. Diante de ameaças externas e com a finalidade de resguardar seus privilégios, a burguesia entrega o poder a Napoleão Bonaparte.


1799-1804 – Escolhido pela burguesia para solucionar a crise que se instala com a Revolução Francesa, Napoleão Bonaparte dá um golpe de Estado, o Golpe do 18 Brumário. O líder militar suprime a Constituição republicana, substituindo-a por outra de caráter autoritário. Concentra todo o poder nas mãos do primeiro-cônsul, cargo que passa a ocupar. Nesse período, conhecido como Consulado, Napoleão realiza obras de pacificação e de organização dos territórios franceses. Participa da redação do Código Civil, que confirma a vitória da revolução burguesa e influencia a legislação de todos os países europeus no século XIX. Institui os princípios de igualdade, de propriedade das terras, das heranças, a tolerância religiosa e o divórcio.


1804-1815 – Napoleão Bonaparte é coroado imperador sob o nome de Napoleão I. O Império Napoleônico promove uma política expansionista: domina a Itália, a Holanda (Países Baixos) e parte da Alemanha; estabelece uma aliança com a Rússia; e declara bloqueio continental à Inglaterra em 1807. Em 1810, o império reúne 71 milhões de habitantes, dos quais apenas 27 milhões são franceses. Forma-se uma coalizão européia contra o poderio francês e Napoleão é obrigado a abdicar. Exilado por menos de um ano na ilha de Elba, retorna à França e reconquista o poder. Inicia-se o Governo dos Cem Dias. Finalmente é derrotado pelos ingleses na Batalha de Waterloo.


1811-1844 – Início dos movimentos de independência das colônias americanas. O processo é favorecido pela difusão das idéias liberais trazidas pela Revolução Francesa e pela independência dos Estados Unidos; pela mudança no equilíbrio de poder na Europa em conseqüência das guerras napoleônicas; e pela alteração nas relações metrópole-colônia. A maioria dos movimentos emancipacionistas é liderada por crioulos (descendentes de espanhóis nascidos na América), que exigem maior autonomia, liberdade comercial e igualdade perante os espanhóis. Contam com o apoio dos ingleses, interessados na liberação dos mercados latino-americanos. 1815 – Com a derrota de Napoleão Bonaparte, representantes das potências européias se reúnem no Congresso de Viena para redefinir o mapa político da Europa e do mundo. Sob a liderança de Inglaterra, Áustria, Prússia e Rússia, os territórios do Império Napoleônico são redistribuídos entre os países vencedores, restaurando dinastias e fronteiras alteradas pelas guerras napoleônicas. A Santa Aliança, organização política internacional, é criada com o propósito de deter novas campanhas revolucionárias e impedir o desequilíbrio de poder entre as potências européias.


1830-1832 – Os movimentos de caráter liberal e burguês que se iniciam na França e se espalham pela Europa ficam conhecidos como Revoluções Liberais. Na França explodem revoltas populares depois que o rei Bourbon Carlos X suspende a liberdade de imprensa e dissolve a Câmara. Vitoriosos, os burgueses levam ao trono um Orléans: Luís Felipe I. A derrubada dos Bourbon estimula o surgimento de várias outras insurreições na Europa. A Bélgica liberta-se dos Países Baixos (Holanda e Luxemburgo) e a Grécia torna-se um Estado independente. Entre 1830 e 1831, manifestações nacionalistas eclodem na Polônia, abafadas pelos russos. Em 1832 começam as agitações em várias partes da Alemanha e da Itália. 1838 – Os primeiros sindicatos (trade unions) surgem na Inglaterra, influenciados pelo aparecimento das idéias socialistas e das revoluções liberais.


1839-1860 – China e Reino Unido envolvem-se em dois conflitos, conhecidos como Guerra do Ópio. A Companhia Britânica das Índias Orientais mantém intenso comércio com os chineses, comprando chá e vendendo o ópio trazido da Índia. A decisão do governo imperial chinês de suspender a importação dessa substância leva ao primeiro confronto (1839-1842). Vencida, a China é forçada a pagar indenização, abrir cinco portos para o comércio e ceder a ilha de Hong Kong aos britânicos. No segundo embate (1856-1860), os ingleses aliam-se à França contra os chineses, que, novamente derrotados, cedem novos portos às nações vencedoras.


1845 – O Parlamento britânico aprova a lei Bill Aberdeen, que praticamente extermina o tráfico negreiro no mundo. A lei concede à Marinha de Guerra inglesa o direito de aprisionar e afundar qualquer navio negreiro no oceano Atlântico. 1848 – Karl Marx e Friedrich Engels publicam o Manifesto do Partido Comunista. Nele, a História é concebida como o resultado da luta entre as classes. No período do capitalismo, a oposição ocorre entre a burguesia e a classe operária. O manifesto conclama o proletariado de todo o mundo a se unir para tomar o poder. Traduzido para várias línguas, tem forte influência nos movimentos operários e revolucionários.


1848 – A crise econômica e a falta de liberdade civil acentuam a oposição à monarquia na França, iniciando as Revoluções de 1848. Os revoltosos proclamam a II República e instalam um governo provisório de maioria burguesa durante uma insurreição em fevereiro. Apesar da conquista da liberdade democrática, as condições de vida dos trabalhadores pouco mudam. Em junho, promovem uma nova revolução, reprimida pelas tropas oficiais. A onda revolucionária atinge simultaneamente outras nações européias (como a Itália, a Suíça e os estados alemães), mas é sufocada em todas elas.


1853-1856 – Reino Unido, França, Áustria, Sardenha (Itália) e Império Turco-Otomano combatem o expansionismo russo nos Bálcãs e na região entre os mares Negro e Mediterrâneo durante a Guerra da Criméia. O conflito se desenrola na península da Criméia, no sul da Rússia, e nos Bálcãs. Vencida, a Rússia devolve o sul da Bessarábia (atual Moldávia) e a embocadura do rio Danúbio para os otomanos. Também é proibida de manter bases ou forças navais no mar Negro.


1861-1865 – Interesses antagônicos entre os estados do sul dos EUA (latifundiários, aristocratas e escravagistas) e os do norte (industrializados e abolicionistas) provocam a Guerra Civil Americana ou Guerra de Secessão. Os 11 estados sulistas (Alabama, Arkansas, Carolina do Norte, Carolina do Sul, Flórida, Geórgia, Louisiana, Mississippi, Tennessee, Texas, Virgínia) deflagram o conflito. Com um saldo de 600 mil mortos, a guerra termina com a derrota sulista e o fim da escravidão. A liberdade formal não transforma a vida dos negros, que continuam marginalizados e sem nenhum programa governamental para sua integração profissional e econômica. O sul é ocupado militarmente até 1877, favorecendo o surgimento de sociedades secretas como os Cavaleiros da Camélia Branca e a Ku Klux Klan, defensoras da segregação racial. 1864 – É criada a Primeira Internacional dos Trabalhadores, associação do proletariado socialista dirigida por Karl Marx. Ela defende a tomada do poder pelo proletariado por meio de partidos socialistas e sindicatos operários.

1867-1918 - Áustria e Hungria se unem numa monarquia dual, o Império Austro-Húngaro. Pelo acordo, as duas nações se mantêm como Estados separados, com Constituições, línguas, governos e Parlamentos próprios. Possuem, porém, um monarca e ministros comuns para assuntos estrangeiros e financeiros. O império reúne um mosaico de povos (tchecos, poloneses, eslovacos, romenos, croatas, eslovenos e italianos) submetidos à hegemonia magiar (na Hungria) e alemã (na Áustria). A negativa dos dirigentes austro-húngaros em atender às reivindicações das minorias acirra os nacionalismos e acaba provocando sua dissolução no final da I Guerra Mundial.


1868 – O imperador Mutsuhito assume o poder após o declínio do xogunato e põe fim ao Japão feudal. Início de um período de modernização e industrialização, conhecido como Era Meiji, que transforma o Japão na maior potência do Oriente.


1870 – Unificação italiana, com a integração dos diversos estados e reinos italianos. Após a Revolução Liberal de 1848 intensificam-se os ideais italianos de união do território, dividido até então nos reinos da Sardenha e Piemonte, ao norte; no Reino das Duas Sicílias, ao sul; nos Estados da Igreja; no Reino Lombardo-Veneziano; no Ducado de Toscana; e no Ducado de Módena. Enquanto o grupo Jovem Itália (formado pela média burguesia e pelo proletariado) defende um Estado republicano, o Risorgimento (integrado pela alta burguesia) é partidário da criação de uma monarquia liberal. Em 1861, Vittòrio Emanuèle II, rei de Piemonte-Sardenha, é proclamado rei da Itália. A consolidação do país é atingida em

1870 com a conquista de Roma.

1870-1871 – Guerra Franco-Prussiana marca o fim da hegemonia francesa na Europa. Reagindo à ambição de Napoleão III de conquistar a Prússia, o chanceler prussiano Otto von Bismarck derrota o Exército francês em 1871 e anexa a Alsácia e a Lorena. No mesmo ano, Bismarck efetiva a unificação alemã, integrando os estados germânicos no II Reich (o primeiro foi o Sacro Império Romano-Germânico, instalado por Otto em 962). O desenvolvimento econômico e social dos estados germânicos no século XIX estimula os ideais de unificação, à medida que garante condições para o avanço militar. 1871 – Os termos de paz impostos à França, vencida na Guerra Franco-Prussiana, provocam uma revolta popular liderada pelo socialista Louis Blanc e pelo anarquista Joseph Proudhon. É implantado, então, um governo revolucionário – a Comuna de Paris – que institui o fim dos privilégios e distinções de classe, o ensino gratuito e obrigatório, o controle do preço dos alimentos e a distribuição da renda em sistema cooperativo. Após 72 dias de duração, a Comuna é derrotada por tropas conservadoras francesas e estrangeiras. Mais de 20 mil revolucionários são executados.


1879-1884 – O Chile vence Peru e Bolívia na Guerra do Pacífico, que envolve a posse da região do deserto de Antofagasta, rica em salitre. Pelo Tratado de Valparaíso, a Bolívia entrega ao Chile sua única saída para o mar.

1884-1885 – A Conferência de Berlim partilha a África entre as potências européias.


1894-1895 – Japão e a China travam a Guerra Sino-Japonesa pelo controle da Coréia, que ocupa posição estratégica e possui grandes reservas minerais (carvão e ferro). A guerra termina com a vitória das forças militares japonesas, que arrasam o Exército e a Marinha chineses. O Japão recebe as ilhas de Taiwan (Formosa) e Pescadores, além de uma volumosa indenização.


1898 – As ambições norte-americanas no mar do Caribe e no oceano Pacífico, então sob domínio espanhol, levam à Guerra Hispano-Americana. A derrota espanhola assinala o início do imperialismo norte-americano no mundo. Os Estados Unidos (EUA) anexam Porto Rico, Filipinas e a ilha de Guam e incorporam formalmente o Havaí, seu protetorado desde 1875. Cuba também é cedida aos EUA, mas conquista a independência em 1902.


1899-1902 – O Reino Unido anexa as repúblicas independentes de Transvaal e de Orange, no nordeste da África do Sul, após vencer a resistência dos bôeres na Guerra dos Bôeres. Descendentes dos colonizadores holandeses, os bôeres ocupam a região nas primeiras décadas do século XIX, atraídos por suas ricas jazidas de diamante, ouro e ferro. Em 1910, Transvaal e Orange juntam-se às colônias do Cabo e de Natal para constituir a União Sul-Africana.


1900-1901 – Insatisfeitos com a submissão da dinastia Manchu à dominação européia, nacionalistas chineses iniciam atentados contra autoridades estrangeiras na China, deflagrando a Guerra dos Boxers. O movimento parte de uma associação secreta do norte do país, a Sociedade Harmoniosos Punhos Justiceiros, conhecida como Sociedade dos Boxers. Reino Unido, França, Japão, Rússia, Alemanha e Estados Unidos organizam uma expedição conjunta para combater o movimento. Derrotada, a China é condenada a pagar indenização e a aceitar a política da Porta Aberta, que mantém sua integridade territorial em troca de concessões econômicas ao Ocidente.


1904-1905 – Os expansionismos japonês e russo entram em choque no extremo Oriente, provocando a Guerra Russo-Japonesa. Em 1900, a Rússia ocupa a região da Manchúria (nordeste da China) e começa a penetrar no norte da Coréia. Os japoneses reagem em 1904 e derrotam os russos num ataque-surpresa. Com a vitória – a primeira de um exército asiático sobre uma potência européia – o Japão ascende à condição de potência mundial e abre caminho para suas ambições imperialistas.

1909 – O norte-americano Henry Ford introduz em sua fábrica de automóveis a linha de montagem, com o objetivo de racionalizar e aumentar a produção. O novo processo produtivo – chamado de fordismo – exige a construção de grandes fábricas e forte concentração financeira, levando à formação das sociedades anônimas. 1910 – O candidato da classe média mexicana Francisco Madero perde as eleições presidenciais de 1910 para Porfírio Díaz, no poder desde 1876 com o apoio da oligarquia latifundiária. Alegando fraude, milhões de camponeses pegam em armas e dão início à Revolução Mexicana, a primeira revolta popular do século XX, liderada por Pancho Villa e Emiliano Zapata. Sua principal reivindicação é a reforma agrária.


1912-1913 – As Guerras Balcânicas - envolvendo países da península e a Turquia – praticamente encerram a ocupação turco-otomana nos Bálcãs. Vitoriosa, a Sérvia duplica seu território, anexando partes da Macedônia e de Montenegro. Mas o país fica sem saída para o mar Adriático e reafirma suas ambições sobre os territórios a oeste da península, sob domínio do Império Áustro-Húngaro. O agravamento das tensões na região compõe o cenário que resulta na I Guerra Mundial.
1914-1918 – O choque de interesses imperialistas das nações européias aliado a anseios nacionalistas provocam a I Guerra Mundial. O conflito opõe a Tríplice Aliança (Alemanha, Império Austro-Húngaro e Itália) e a Tríplice Entente (França, Reino Unido e Rússia), vencedora da guerra. O estopim do confronto é uma disputa entre o Império Austro-Húngaro e a Sérvia (aliada dos russos) na península Balcânica. Mais de 8 milhões de soldados e mais de 6,5 milhões de civis morrem no conflito. 1917-1922 – A crise econômica e política do Império Russo, agravada no início do século XX, estimula a propagação de idéias contra o regime czarista, abolido durante uma revolução que conduz o proletariado ao poder, conhecida como Revolução Russa. O movimento começa com a Revolução de Fevereiro, que força a abdicação do czar e coloca no governo uma coalizão reunindo a burguesia liberal e os socialistas moderados (mencheviques). No entanto, os mencheviques perdem apoio ao manter a Rússia na I Guerra Mundial.

No dia 7 de novembro de 1917 (25 de outubro no calendário juliano), a oposição socialista radical (bolcheviques) promove uma insurreição sob o comando de Lênin. O novo dirigente dá aos camponeses o direito de explorar a terra e transfere o controle das fábricas aos operários. Institui a Nova Política Econômica (NEP), que permite a criação de empresas privadas, sob a supervisão do Estado. O governo bolchevique só se consolida após quatro anos de guerra civil.

Em 1922, nasce a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), a primeira nação socialista do mundo, reunindo os territórios que pertenciam ao Império Russo.

1919 – As nações vencedoras da I Guerra Mundial estabelecem o Tratado de Versalhes, que determina os termos de paz com a Alemanha, impondo a esse país severas penas. Obrigada a ratificá-lo, a Alemanha perde todas as colônias, entrega a Alsácia e a Lorena à França, fica proibida de manter Marinha e Aeronáutica e limita seu Exército a 100 mil homens. É forçada, ainda, a pagar uma pesada indenização aos vencedores. As demais potências derrotadas assinam acordos em separado. Pelos tratados de Saint-Germain e Trianon, o Império Austro-Húngaro é desmembrado e surgem a Hungria, a Tchecoslováquia, a Polônia e a Iugoslávia. A Áustria se tornou um pequeno Estado, sem poder significativo. A paz com o Império Turco-Otomano é selada no ano seguinte.


1920 – Tratado de Sèvres partilha territórios do Império Turco-Otomano no Oriente Médio entre as potências vencedoras da I Guerra Mundial. O Iraque, a Transjordânia (atual Jordânia) e a Palestina se tornam protetorados britânicos, enquanto a Síria e o Líbano passam para o mandato francês. Três anos depois, Mustafa Kemal – líder militar que adota o codinome Atatürk, ou “pai dos turcos” - funda a República Turca nos domínios que restaram do Império Turco-Otomano.

1920 – Criação da Liga das Nações, com sede em Genebra (Suíça), que tem como objetivo garantir a paz e a segurança mundial.

1920 – Tropas britânicas abrem fogo contra uma multidão de irlandeses em Dublin, matando 12 pessoas. O episódio, conhecido por Domingo Sangrento, acontece em meio a onda de violência contra o domínio britânico na Irlanda, comandada pelo partido nacionalista Sinn Féin e seu braço armado, o Exército Republicano Irlandês (IRA). Dois anos depois é proclamado o Estado Livre da Irlanda – atual República da Irlanda – reunindo os condados católicos do sul da ilha. O norte da Irlanda – Ulster –, de maioria protestante, permanece ligado ao Reino Unido até hoje.

1922 – Após organizar a Marcha sobre Roma, Benito Mussolini torna-se primeiro-ministro da Itália a convite do rei Vittòrio Emanuèle III. O dirigente implanta o fascismo, regime político totalitário, nacionalista e corporativo.


1924-1953 – Stálin torna-se secretário-geral do Partido Comunista da URSS (PCUS) e assume o comando do país. Institui um regime totalitário, conhecido como stalinismo. Controla o Estado com poderes ditatoriais e espalha o terror: expulsa do partido e do Exército os inimigos declarados ou potenciais. Milhões são presos, executados ou deportados para campos de trabalho na Sibéria. No plano econômico, implanta uma nova política econômica (gosplan), baseada em planos qüinqüenais. Força a industrialização de base e a coletivização de terras.


1929 – A expansão do crédito bancário e a especulação financeira nos Estados Unidos (EUA) gera grave crise econômica, que atinge o limite com a quebra da Bolsa de Nova York. Mais de 9 mil bancos e 85 mil empresas decretam falência e a cotação das ações cai em média 85% entre 1929 e


1932. A redução de salários chega a 60% e o desemprego atinge 13 milhões de pessoas. A crise ganha dimensão mundial com a diminuição do crédito norte-americano a outros países e a elevação das tarifas alfandegárias dos EUA, que provocam refluxo no comércio exterior.

1930 - Seguido por milhares de pessoas, Mahatma Gandhi conduz a Marcha para o Mar: uma caminhada de mais de 320 quilômetros para protestar contra os impostos britânicos sobre o sal. Principal líder do movimento pela independência da Índia, Gandhi prega a resistência pacífica, ou seja, a não-violência como forma de luta. É preso diversas vezes por organizar campanhas de desobediência civil, que incluem o boicote aos produtos britânicos e a recusa ao pagamento de tributos.


1931 – O auge do expansionismo japonês se dá com a invasão da Manchúria – rica província chinesa, detentora de solo fértil e de depósitos de xisto petrolífero, carvão e ferro. É implantado o estado fantoche de Mandchukuo, governado formalmente pelo último imperador chinês, Pu Yi, e efetivamente controlado pelos japoneses.


1932 – António de Oliveira Salazar torna-se primeiro-ministro de Portugal. Inspirado no fascismo italiano, seu regime fica conhecido como salazarismo. Por meio da Constituição de 1933, Salazar institui o Estado Novo: estabelece o União Nacional como partido único, implanta a censura e reprime a oposição com a polícia de segurança, a Pide.


1933 – No auge da crise provocada pela quebra da Bolsa de Nova York, Franklin Roosevelt assume a Presidência dos Estados Unidos e lança o New Deal (Novo Acordo). Influenciado pelas idéias do economista inglês John Keynes, o programa de reformas econômicas e sociais baseia-se no combate ao desemprego e no aumento da produção industrial por meio de investimentos estatais.


1933 – Hitler torna-se chanceler da Alemanha, assume o papel de führer (guia do povo alemão) e instaura uma ditadura dominada pelo partido nazista. A recessão vivida pela Alemanha no pós-guerra cria condições favoráveis ao surgimento e à expansão do nazismo. Nacionalista, Hitler defende o racismo e a superioridade da raça ariana; nega as instituições da democracia liberal e a revolução socialista; e luta pelo expansionismo alemão. Transformando comícios e manifestações de massa em espetáculos e utilizando-se dos meios de comunicação para divulgar seus ideais de ordem e revanchismo, o partido nazista ganha rapidamente o apoio da população, castigada pela crise e pelo desemprego.


1936 – Início do expansionismo alemão com a invasão da Renânia, região do oeste da Alemanha, desmilitarizada pelo Tratado de Versalhes.


1936-1939 – Liderados pelo general Francisco Franco, rebeldes militares da guarnição de Melilla, no Marrocos espanhol, voltam-se contra o governo republicano e tomam as cidades de Sevilha e Cádiz, iniciando a Guerra Civil Espanhola, conflito que deixa 1 milhão de mortos. O combate se alastra pelo país, opondo republicanos e nacionalistas (franquistas). Do lado republicano lutam operários, camponeses, setores da classe média e cerca de 25 mil voluntários de 53 países, organizados nas Brigadas Internacionais. A União Soviética (URSS) dá auxílio financeiro limitado aos militantes comunistas, dividindo as forças republicanas. Com o apoio das Forças Armadas (exceto Aeronáutica), da Igreja Católica e a ajuda da Alemanha e da Itália - que tinham afinidades ideológicas com a direita espanhola - Franco vence a guerra em 1939 e instaura a ditadura, que se estende até sua morte, em 1975.


1939-1945 – Reino Unido e França declaram guerra à Alemanha após a invasão nazista na Polônia e iniciam a II Guerra Mundial. Em 1940 é formalizado o Eixo, pacto entre Alemanha, Japão e Itália. No ano seguinte, os japoneses bombardeiam a base naval de Pearl Harbor, no Havaí, e forçam a entrada dos Estados Unidos (EUA) na guerra. Definem-se, assim, as duas forças em conflito. De um lado, os países do Eixo e, de outro, os Aliados (França, Reino Unido, Estados Unidos e União Soviética). Quase 50 milhões de pessoas morrem na guerra e cerca de 6 milhões de judeus são exterminados em campos de concentração nazistas.
1944 – Com o objetivo de facilitar as operações financeiras de venda, troca ou compra de valores em moedas entre países, a Conferência de Bretton Woods, realizada em New Hampshire, Estados Unidos, adota o dólar norte-americano como base do sistema monetário mundial, em substituição ao padrão ouro. Na conferência, é criado o Fundo Monetário Internacional (FMI).

1944 – No dia 6 de junho de 1944, conhecido como Dia D, os aliados lançam o ataque decisivo contra as forças nazistas. O desembarque de 155 mil soldados aliados em Caen, na Normandia francesa, é considerado a maior operação aeronaval da história. Envolve mais de 1,2 mil navios de guerra e mil aviões. Paris é libertada em 25 de agosto.


1945 – O Exército da URSS ocupa a Berlim em 2 de maio de 1945. Cinco dias depois, ocorre a rendição da Alemanha.


1945 – Durante a II Guerra Mundial, os Estados Unidos lançam bombas atômicas sobre as cidades japonesas de Hiroshima (6/8) e Nagasaki (9/8), matando 170 mil pessoas. Ao mesmo tempo, tropas soviéticas expulsam os japoneses da Manchúria e da Coréia. Em 2 de setembro, o Japão capitula, pondo fim à II Guerra Mundial.


1945 – Franklin Roosevelt, presidente dos Estados Unidos, Josef Stálin, dirigente da União Soviética, e Winston Churchill, primeiro-ministro do Reino Unido, determinam os limites da área de influência soviética no Leste Europeu durante a Conferência de Yalta, na Criméia.

1945 – Conferência de Potsdam partilha a Alemanha e Berlim em quatro zonas de ocupação (Reino Unido, EUA, França e URSS). A Coréia é dividida entre os EUA (sul) e a URSS (norte), e o Japão permanece sob ocupação norte-americana até 1952.


1945 – Cinqüenta países assinam a Carta da ONU (Organização das Nações Unidas) em 25 e 26 de abril. A organização - hoje com 185 países-membros - nasce com a finalidade de zelar pela segurança e pela paz mundial, pela defesa dos direitos humanos e pela melhoria do nível de vida em todo o mundo. 1945 – Países árabes do Oriente Médio e do norte da África fundam a Liga Árabe no Egito, reunindo forças contra o domínio colonial sobre Estados árabes da região. O nacionalismo árabe – pan-arabismo – torna-se uma força política sobretudo a partir da ascensão de Gamal Abdel Nasser ao poder no Egito, em 1952.


1945-1980 Tito assume o poder na Iugoslávia transformando o país numa federação de seis repúblicas – Sérvia, Croácia, Eslovênia, Bósnia-Herzegóvina, Montenegro e Macedônia – com direitos iguais. Consciente da tradição hegemônica da Sérvia, garante autonomia para as províncias sérvias de Kosovo (de maioria albanesa) e Voivodina (com forte presença húngara). Instaura um regime comunista de partido único e resiste à tentativa soviética de transformar a Iugoslávia em Estado-satélite, como ocorreu com os demais países do Leste Europeu. Durante seu governo, consegue neutralizar as diferenças entre as nacionalidades iugoslavas com base nos ideais socialistas e de fraternidade entre os povos eslavos do sul.


1945-1946 – Os países vencedores da II Guerra Mundial instituem um Tribunal Militar Internacional na cidade de Nuremberg para julgar criminosos nazistas acusados de conspiração, crimes de guerra e crimes contra a humanidade. Os julgamentos começam no dia 20 de novembro, duram dez meses e ficam conhecidos como Os Tribunais de Nuremberg. Doze dos acusados são condenados à morte por enforcamento; três recebem prisão perpétua; quatro, prisão entre dez e 15 anos; e três são inocentados. As execuções ocorrem em 16 de outubro de 1946.

Linha do tempo - Idade Moderna

1492- Cristóvão Colombo chegou à América e declarou-a colônia da Espanha.

1492- Os espanhóis conquistaram Granada e puseram fim ao domínio da Espanha pelos mouros muçulmanos.

1517- A Reforma começou na Alemanha.

1519-1522 Fernão de Magalhães comandou a primeira viagem ao redor do mundo.

1526- Baber, um governante muçulmano, conquistou a Índia e estabeleceu o Império Mogol.

1532- Francisco Pizarro invadiu o Peru, iniciando a conquista espanhola do império inca.

1588- A marinha real da Inglaterra derrotou a armada espanhola e consolidou a posição da Inglaterra como grande potência naval.

1613- Miguel Romanov tornou-se czar da Rússia e iniciou o domínio de 300 anos da Rússia pelos Romanov.

1644- Os manchus conquistaram a China e estabeleceram seu governo que durou até 1912.

1688- A Revolução Gloriosa depôs Jaime II da Inglaterra.

1763- O Tratado de Paris pôs fim à Guerra dos Sete Anos na Europa e à guerra entre franceses e índios na América do Norte.

1776- As 13 colônias inglesas da América do Norte assinaram a Declaração de Independência.

1789- A Revolução Francesa começou.

Linha de tempo - Historia Medieval

486- Clóvis tornou-se rei dos francos e fundou a dinastia merovíngia, governante do Primeiro Estado Franco.

527-565 Justiniano I governou o Império Bizantino e desenvolveu o famoso Código Justiniano de leis.

622- Maomé, fundador da religião muçulmana, fugiu de Meca para Medina. A fuga de Maomé, chamada de Hégira, assinala o começo do calendário muçulmano.

661- O califado dos omíadas estabeleceu a capital do império muçulmano em Damasco.

711- Os muçulmanos invadiram a Espanha e deram início à ocupação que durou cerca de 700 anos.

732- Carlos Martel liderou os francos na derrota que impuseram aos invasores muçulmanos em Tours. Essa vitória impediu que os muçulmanos conquistassem a Europa.

750- O califado dos abássidas substituiu o dos omíadas como governantes do império muçulmano e posteriormente estabeleceu a nova capital em Bagdá.

750- Carlos Magno tornou-se governante dos francos.

770- Os chineses inventaram a impressão com blocos de madeira.

800- O papa Leão III coroou Carlos Magno imperador dos romanos.

843- O tratado de Verdun dividiu o império de Carlos Magno em três partes, iniciando-se o desenvolvimento nacional da França, Alemanha e Itália.

862- Rurik, chefe dos varegos (viquingues), estabeleceu seu governo em Novgorod e fundou o império russo.

878- Alfredo, o Grande, da Inglaterra, derrotou os dinamarqueses na batalha de Edington.

969- Os fatímidas conquistaram o Egito e transformaram o Cairo no centro do império muçulmano.

987- Hugo Capeto tornou-se rei da França e fundou a dinastia capetíngia que governou até 1328.

1000- Leif Ericson navegou para oeste, da Groenlândia para o continente norte-americano. Comandou o que foi, provavelmente, a primeira expedição européia ao continente das Américas.

1016- Canuto tornou-se rei da Inglaterra e submeteu todo o país ao domínio dinamarquês.

1037- Os turcos seldjuques conquistaram a maioria dos reinos iranianos.

1066- Forças normandas , sob o comando de Guilherme, o Conquistador, derrotaram os anglo-saxões na batalha de Hastings, terminando o domínio anglo-saxão na Inglaterra.

1099- Forças cristãs conquistaram Jerusalém, no final da Primeira Cruzada.

1187- Tropas muçulmanas sob o comando de Saladino reconquistaram Jerusalém.

1192- Yorimoto tornou-se o primeiro xogum a governar o Japão.

1215- Barões da Inglaterra forçaram o rei João a assinar a Magna Carta.

1279- Kublai Khan liderou os mongóis completando a conquista da China.

1368- A dinastia Ming começou seu domínio de 300 anos na China.

1440- Johannes Gutenberg, um impressor alemão, inventou o tipo móvel.

1453- Os turcos otomanos conquistaram Constantinopla (Istambul) e derrubaram o Império Bizantino.

Algumas termos historiográficos

Democracia
O sistema de governo onde o povo pode participais de forma ativa.

Burguesia
Classe social que surgiu no final da Idade Média

Oligarquia
Governo em que um pequeno grupo comanda a política

Politeísmo
Crença na existência de diversos deuses.

Revolução
Pode sginificar transformação ou mudança radical

Populismo
Característica de governos que querem o apoio popular.

Monoteísmo - crença na existência de um único Deus.

Privatização - significado, exemplos e motivos pelos quais ocorre.

Senhores Feudais - saiba quem eram estes nobres da Idade Média.

Significado:

Burgo: habitação da burguesia na Idade Média

A burguesia é uma classe social que surgiu nos últimos séculos da Idade Média (por volta do século XII e XIII) com o renascimento comercial e urbano. Dedicava-se ao comércio de mercadorias (roupas, especiarias, jóias, etc) e prestação de serviços (atividades financeiras). Habitavam os burgos, que eram pequenas cidades protegidas por muros. Como eram pessoas ricas, que trabalhavam com dinheiro, não eram bem vistas pelos integrantes do clero católico.

Frase Exemplo:

A burguesia participou do renascimento comercial e urbano.

Explicação da frase:

Durante grande parte da Idade Média (do século V ao XII) o comércio praticamente inexistiu. Com o final das Cruzadas e a abertura do Mar Mediterrâneo, o comércio começou a crescer novamente. A burguesia contribuiu para este processo.

Palavras derivadas:

Burgueses

Causas da crise do feudalismo

A partir do século XII, ocorreram várias transformações na Europa que contribuíram para a crise do sistema feudal:

- O renascimento comercial impulsionado, principalmente, pelas Cruzadas;

- O aumento da circulação das moedas, principalmente nas cidades. Este fator desarticulou o sistema de trocas de mercadorias, característica principal do feudalismo;

- Desenvolvimento dos centros urbanos, provocando o êxodo rural (saída de pessoas da zona rural em direção às cidades). Muitos servos passaram a comprar sua liberdade ou fugir, atraídos por oportunidades de trabalho nos centros urbanos;

- As Cruzadas proporcionaram a volta do contato da Europa com o Oriente, quebrando o isolamento do sistema feudal;

- O surgimento da burguesia, nova classe social que dominava o comércio e que possuia alto poder econômico. Esta classe social foi, aos poucos, tirando o poder dos senhores feudais;

- Com o aumento dos impostos, proporcionados pelo desenvolvimento comercial, os reis passaram a contratar exércitos profissionais. Este fato desarticulou o sistema de vassalagem, típico do feudalismo;

- No final do século XV, o feudalismo encontrava-se desarticulado e enfraquecido. Os senhores feudais perderam poder econômico e político. Começava a surgir as bases de um novo sistema, o capitalismo.

Introdução

O feudalismo tem inicio com as invasões germânicas (bárbaras ), no século V, sobre o Império Romano do Ocidente (Europa). As características gerais do feudalismo são: poder descentralizado (nas mãos dos senhores feudais), economia baseada na agricultura e utilização do trabalho dos servos.

Estrutura Política do Feudalismo

Prevaleceram na Idade Média as relações de vassalagem e suserania. O suserano era quem dava um lote de terra ao vassalo, sendo que este último deveria prestar fidelidade e ajuda ao seu suserano. O vassalo oferece ao senhor, ou suserano, fidelidade e trabalho, em troca de proteção e um lugar no sistema de produção. As redes de vassalagem se estendiam por várias regiões, sendo o rei o suserano mais poderoso.

Todos os poderes, jurídico, econômico e político concentravam-se nas mãos dos senhores feudais, donos de lotes de terras (feudos).

Sociedade feudal

A sociedade feudal era estática (com pouca mobilidade social) e hierarquizada. A nobreza feudal (senhores feudais, cavaleiros, condes, duques, viscondes) era detentora de terras e arrecadava impostos dos camponeses. O clero (membros da Igreja Católica) tinha um grande poder, pois era responsável pela proteção espiritual da sociedade. Era isento de impostos e arrecadava o dízimo. A terceira camada da sociedade era formada pelos servos (camponeses) e pequenos artesãos. Os servos deviam pagar várias taxas e tributos aos senhores feudais, tais como: corvéia (trabalho de 3 a 4 dias nas terras do senhor feudal), talha (metade da produção), banalidade (taxas pagas pela utilização do moinho e forno do senhor feudal).

Economia feudal

A economia feudal baseava-se principalmente na agricultura. Existiam moedas na Idade Média, porém eram pouco utilizadas. As trocas de produtos e mercadorias eram comuns na economia feudal. O feudo era a base econômica deste período, pois quem tinha a terra possuía mais poder. O artesanato também era praticado na Idade Média. A produção era baixa, pois as técnicas de trabalho agrícola eram extremamente rudimentares. O arado puxado por bois era muito utilizado na agricultura.

Religião

Na Idade Média, a Igreja Católica dominava o cenário religioso. Detentora do poder espiritual, a Igreja influenciava o modo de pensar, a psicologia e as formas de comportamento na Idade Média. A igreja também tinha grande poder econômico, pois possuía terras em grande quantidade e até mesmo servos trabalhando. Os monges viviam em mosteiros e eram responsáveis pela proteção espiritual da sociedade. Passavam grande parte do tempo rezando e copiando livros e a Bíblia.


Castelo da época do feudalismo
As Guerras
A guerra no tempo do feudalismo era uma das principais formas de obter poder. Os senhores feudais envolviam-se em guerras para aumentar suas terras e poder. Os cavaleiros formavam a base dos exércitos medievais. Corajosos, leais e equipados com escudos, elmos e espadas, representavam o que havia de mais nobre no período medieval. O residência dos nobres eram castelos fortificados, projetados para serem residências e, ao mesmo tempo, sistema de proteção.


Educação, artes e cultura

A educação era para poucos, pois só os filhos dos nobres estudavam. Marcada pela influência da Igreja, ensinava-se o latim, doutrinas religiosas e táticas de guerras. Grande parte da população medieval era analfabeta e não tinha acesso aos livros.

A arte medieval também era fortemente marcada pela religiosidade da época. As pinturas retratavam passagens da Bíblia e ensinamentos religiosos. As pinturas medievais e os vitrais das igrejas eram formas de ensinar à população um pouco mais sobre a religião.

Podemos dizer que, em geral, a cultura e a arte medieval foram fortemente influenciadas pela religião. Na arquitetura destacou-se a construção de castelos, igrejas e catedrais.

Feudalismo na Idade Média

Sociedade Medieval, Economia, Influência da Igreja, Idade Média, organização do feudo,
suseranos e vassalos, senhor feudal, cavaleiros, servos, sistema feudal.

Linha do tempo - Idade Antiga

3100a.C. O rei Menés unificou o baixo e o alto Egito e formou um dos primeiros governos nacionais do mundo.

3000a.C. Escritos cuneiformes dos sumérios deram início ao registro da história do Oriente Médio.

2500a.C. A civilização do vale do Indo começou nas cidades de Harappa e Mohenjo-daro, no Paquistão.

2300a.C. Sargão de Acad conquistou os sumérios e unificou suas cidades-estados sob seu governo.

1750a.C. Hamurabi estabeleceu o império babilônico.

1600-1400a.C. A civilização minoana floresceu na ilha mediterrânea de Creta.

1500a.C. A dinastia Chang começou seu governo de 500 anos na China.

Séc. XI a.C. Tribos latinas estabeleceram-se ao sul do rio Tibre e etruscos estabeleceram-se na região centro-ocidental da península italiana.

750-338a.C. Atenas, Corinto, Esparta e Tebas desenvolveram-se como as principais cidades-estados da Grécia durante o período helênico.

509a.C. Os latinos revoltaram-se contra seus dominadores etruscos e criaram a República Romana.

338a.C. Filipe II da Macedônia derrotou os gregos e anexou a Grécia ao império macedônico.

331a.C. Alexandre, o Grande, derrotou os persas em Arbela (Irbil) e abriu caminho para a conquista do norte da Índia.

321-185a.C. O império mauria do norte da Índia espalhou-se praticamente por toda a Índia e parte da Ásia central.

221-206a.C. A dinastia Tsin criou o primeiro governo central chinês poderoso e completou a Grande Muralha para proteger a China dos invasores.

202a.C. A dinastia Han começou seu governo de 400 anos na China.

146a.C. Os romanos destruíram Corinto e conquistaram a Grécia.

55-54a.C. Júlio César comandou a invasão romana da Bretanha.

27a.C. Augusto tornou-se o primeiro imperador romano.

70d.C. Forças romanas sob o comando de Tito capturaram e destruíram Jerusalém.

50-meados do Séc. III O império Kusha dominou o Afeganistão e a Índia norte-ocidental.

105- Os chineses inventaram o papel.

293- Diocleciano dividiu o Império Romano em quatro prefeituras e estabeleceu duas capitais - Nicomédia, na Ásia menor, e Milão, na Europa.

313- Constantino deu aos cristãos do Império Romano liberdade de culto através do Edito de Milão.

320- A Índia começou sua idade de ouro sob o governo da dinastia gupta.

395- O Império Romano foi dividido em Império Romano do Orinte e Império Romano do Ocidente.

476- O comandante germânico Odoacro depôs Rômulo Augústulo, o último imperador do Império Romano do Ocidente.

Biografia Paulo Freire

Paulo Reglus Neves Freire, educador brasileiro. Nasceu no dia 19 de setembro de 1921, no Recife, Pernambuco.

Por seu empenho em ensinar os mais pobres, Paulo Freire tornou-se uma inspiração para gerações de professores, especialmente na América Latina e na África. Pelo mesmo motivo, sofreu a perseguição do regime militar no Brasil (1964-1985), sendo preso e forçado ao exílio.

O educador apresentou uma síntese inovadora das mais importantes correntes do pensamento filosófico de sua época, como o existencialismo cristão, a fenomenologia, a dialética hegeliana e o materialismo histórico. Essa visão foi aliada ao talento como escritor que o ajudou a conquistar um amplo público de pedagogos, cientistas sociais, teólogos e militantes políticos.

A partir de suas primeiras experiências no Rio Grande do Norte, em 1963, quando ensinou 300 adultos a ler e a escrever em 45 dias, Paulo Freire desenvolveu um método inovador de alfabetização, adotado primeiramente em Pernambuco. Seu projeto educacional estava vinculado ao nacionalismo desenvolvimentista do governo João Goulart.

A carreira no Brasil foi interrompida pelo golpe militar de 31 de março de 1964. Acusado de subversão, ele passou 72 dias na prisão e, em seguida, partiu para o exílio. No Chile, trabalhou por cinco anos no Instituto Chileno para a Reforma Agrária (ICIRA). Nesse período, escreveu o seu principal livro: Pedagogia do Oprimido (1968).

Em 1969, lecionou na Universidade de Harvard (Estados Unidos), e, na década de 1970, foi consultor do Conselho Mundial das Igrejas (CMI), em Genebra (Suíça). Nesse período, deu consultoria educacional a governos de países pobres, a maioria no continente africano, que viviam na época um processo de independência.

No final de 1971, Freire fez sua primeira visita a Zâmbia e Tanzânia. Em seguida, passou a ter uma participação mais significativa na educação de Guiné-Bissau, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe. E também influenciou as experiências de Angola e Moçambique.

Em 1980, depois de 16 anos de exílio, retornou ao Brasil, onde escreveu dois livros tidos como fundamentais em sua obra: Pedagogia da Esperança (1992) e À Sombra desta Mangueira (1995). Lecionou na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Em 1989, foi secretário de Educação no Município de São Paulo, sob a prefeitura de Luíza Erundina.

Freire teve cinco filhos com a professora primária Elza Maia Costa Oliveira. Após a morte de sua primeira mulher, casou-se com uma ex-aluna, Ana Maria Araújo Freire. Com ela viveu até morrer, vítima de infarto, em São Paulo.

Doutor Honoris Causa por 27 universidades, Freire recebeu prêmios como: Educação para a Paz (das Nações Unidas, 1986) e Educador dos Continentes (da Organização dos Estados Americanos, 1992).

Bem vindos!!!!

Não há vida sem correção, sem retificação.
Paulo Freire